Nos últimos anos, o mercado de celulares viu a ressurgência da traseira de vidro, o que não é coincidência. O alumínio, que fora por muitos anos sinônimo do “luxo” em celulares, atrapalha o recurso de carregamento sem fio, forçando empresas a voltar ao vidro, abandonado pela sua fragilidade. No entanto, o Pixel 5 subverte essa realidade, com um corpo de alumínio E recarga sem fio. Mas como?

Não é nenhuma bruxaria, mas uma estratégia de design industrial interessante. Em vez de fazer um corpo sólido de alumínio, a empresa informa que a peça traseira do celular conta com um buraco que permite a recarga por indução.

Esse buraco, no entanto, não é perceptível ao usuário. Isso porque, como explica o site 9to5Google, toda a parte traseira do celular é coberta com o que o Google descreve como uma bio-resina (também conhecida como “plástico”) que permite proteger o buraco que abriga a bobina para recarregar o celular sem fios.

A solução é inteligente, mas não inédita. Os iPhones mais recentes usam um acabamento de vidro, mas por baixo contam com uma estrutura metálica que também conta com um buraco deixar a bobina desimpedida. A diferença é que, no caso do Pixel, o disfarce é feito com a tal bio-resina, enquanto uma chapa de vidro faz o trabalho nos iPhones.

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Com tudo isso, o Google conseguiu um celular capaz não apenas de ser recarregado sem fios, mas também de carregar outros aparelhos equipados com a tecnologia, como fones Bluetooth, utilizando sua bateria. A companhia nota que o dispositivo é capaz de ser recarregado razoavelmente rápido por indução com uma potência de 10 Watts.

Resta saber se essa estrutura tem algum impacto em fragilidade do smartphone, o que só será conhecido quando o celular começar a chegar às mãos de alguns youtubers especializados nesse tipo de experimento, como o canal JerryRigEverything.