O Zoom finalmente vai se tornar mais seguro, após meses de críticas sobre privacidade. A partir da próxima semana, o aplicativo receberá suporte a criptografia de ponta a ponta, que deve cifrar as conversas com chaves armazenadas apenas localmente, nos dispositivos dos usuários, inacessíveis à própria empresa.

O recurso, no entanto, precisa ser ativado pelo usuário, e não é implementado automaticamente. Quando a atualização estiver disponível o público deverá configurar a criptografia de ponta a ponta em suas próprias contas para contar com a funcionalidade.

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Quando os participantes estiverem usando a nova ferramenta, a conversa será acompanhada de um símbolo de um escudo verde com um cadeado preto no meio no cantinho da tela. Se apenas o escudo verde sem o cadeado estiver exibido, significa que nem todos os participantes têm a criptografia de ponta a ponta ativada, e a conversa utiliza apenas a proteção GCM antiga.

O Zoom explica que o padrão criptográfico (AES 256-bit) utilizado para proteger as conversas é o mesmo, sem importar se usuários estão usando o novo recurso ou não. O que muda é a localização das chaves para decifrar o conteúdo. Sem a criptografia de ponta, as chaves são localizadas no servidor do Zoom, o que, em teoria, abre a possibilidade de acesso indevido às conversas por um funcionário, por exemplo, ou a entrega indevida para algum governo.

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Segundo o Zoom, o lançamento da próxima semana é apenas a primeira fase de um lançamento em quatro etapas que estará completo apenas em 2021. Todos os usuários terão acesso à ferramenta, tanto as contas pagas quanto as gratuitas, e as salas permitirão até 200 pessoas fazendo uso da tecnologia.