A Microsoft anunciou nesta terça-feira (20) o Azure Space, um conjunto de iniciativas e serviços para facilitar o planejamento de missões espaciais e o processamento dos dados gerados por elas em benefício de operações na Terra.

A empresa afirma ter unido um time de veteranos da indústria aeroespacial, trabalhando em conjunto com seus engenheiros de produto e cientistas, para construir um conjunto de recursos de computação em nuvem capaz de atender aos desafios únicos à exploração espacial, em áreas como a simulação de missões orbitais e processamento de informações obtidas por satélites.

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Parte da iniciativa tem como objetivo atender às necessidades cada vez maiores de conectividade em rede. Para isso, a empresa estabeleceu parcerias com a SpaceX, que vai oferecer banda larga de alta velocidade e baixa latência para os novos Azure Modular Datacenter (MDC) usando sua constelação Starlink.

Os MDC são datacenters autocontidos, projetados para uso em situações onde pré-requisitos como energia e infraestrutura adequada não são confiáveis ou não estão disponíveis. Eles podem se conectar a redes de fibra terrestre, redes de baixa largura de banda ou mesmo operar completamente desconectados, e darão às empresas a capacidade de instalar um datacenter completo em locais remotos, ou ampliar uma infraestrutura já existente com uma solução transportável em campo.

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Reprodução

Azure Modular Datacenter (MDC). Foto: Microsoft

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Azure Orbital Emulator

Para auxiliar empresas aeroespaciais a realizar lançamentos mais rápidos e com mais confiança, a Microsoft desenvolveu o Azure Orbital Emulator, um ambiente que pode simular o comportamento e operação de imensas constelações de satélites e interação entre software e hardware.

Segundo a Microsoft, isso permitirá aos fabricantes de satélites testar algoritmos de IA e sistemas de rede antes mesmo de lançar um satélite sequer. O Azure Orbital Emulator pode até mesmo gerar cenários em tempo real usando imagens de satélite coletadas previamente, para que possam ser processadas por hardware real ou virtualizado.

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“Nossa abordagem ajuda nossos clientes a lidar com alguns dos desafios tecnológicos mais difíceis relacionados ao espaço: processar a vasta quantidade de dados gerada por satélites, levar serviços de rede e banda larga aos locais mais remotos e projetar sistemas espaciais altamente complexos. Junto a nosso ecossistema de parceiros que podem nos ajudar a trazer estes dados ao solo mais rapidamente, estamos facilitando obter conhecimento e fazer conexões que não eram possíveis antes”, diz Tom Keane, vice-presidente corporativo da Azure Global.