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A Justiça dos Estados Unidos indiciou os seis hackers responsáveis pelo ataque “NotPetya”, que atingiu computadores do mundo inteiro em junho de 2017. Todos os homens são russos e oficiais da Unidade 74455 da Diretoria Principal de Inteligência Russa, uma agência de inteligência militar do Forças Armadas do país.
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Os ataques usaram alguns dos malwares mais destrutivos do mundo até hoje, incluindo KillDisk e Industroyer, que causaram apagões na Ucrânia e afetaram mais de 80 empresas do país, incluindo o Banco Nacional. Também foram registradas infecções na França, Alemanha, Itália, Polônia, Reino Unido, EUA e na própria Rússia. Os norte-americanos acusam os réus de conspiração, hacking, fraude eletrônica, roubo de identidade agravado e registro falso de um nome de domínio.
De acordo com o Departamento de Justiça norte-americano, os hackers tinham a “intenção de apoiar os esforços do governo russo para minar, retaliar ou desestabilizar de outra forma a Ucrânia, Geórgia” e as eleições na França. Os agentes ainda teriam como interesse desacreditar a responsabilidade da Rússia “pelo uso de um agente nervoso para armas, Novichok, em solo estrangeiro” e os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, realizados em 2018 (edição na qual atletas russos foram proibidos de participar sob a bandeira de seu país, após a comprovação do uso de doping patrocinado pelo governo).

Os seis réus acusados nos EUA de promover o ataque hacker “NotPetya”, em junho de 2017. Imagem: Department of Justice/Office of Public Affairs
“Nenhum país usou suas capacidades cibernéticas de forma tão maliciosa ou irresponsável quanto a Rússia, causando danos sem precedentes para buscar pequenas vantagens táticas”, afirma o procurador-geral assistente de Segurança Nacional, John C. Demers. “O FBI advertiu repetidamente que a Rússia é um adversário cibernético altamente capaz, e as informações reveladas nesta acusação ilustram o quão difundidas e destrutivas suas atividades cibernéticas realmente são”, completa o vice-diretor do FBI David Bowdich.
Os réus são: Yuriy Sergeyevich Andrienko, 32; Sergey Vladimirovich Detistov, 35; Pavel Valeryevich Frolov, 28; Anatoliy Sergeyevich Kovalev, 29; Artem Valeryevich Ochichenko, 27; e Petr Nikolayevich Pliskin 32. Se somadas, as penas máximas de todas as acusações podem chegar a 98 anos de prisão.