A Microsoft anunciou nesta terça-feira (20) que está expandindo um sistema que usa uma plataforma online e kits domésticos de testes para monitorar a prevalência de doenças como a Covid-19. Chamada Vera, a plataforma agrega continuamente resultados de testes e informações sobre sintomas fornecidas pela população para determinar a disseminação de uma doença em um região em tempo real.

Ela é resultado de uma colaboração entre a Universidade de Stanford, Chan Zuckerberg Biohub, Gates Ventures, Universidade de Washington, Microsoft Research e outras instituições públicas e privadas, com consultoria da Bill & Melinda Gates Foundation.

Vera é uma plataforma de “teste como um serviço” escalável e de baixo custo, que também pode ser usada por departamentos de saúde pública e por empregadores. Ela inclui um sistema de registro e testes customizado, um kit para coleta de amostras em casa e um portal seguro para que os participantes possam obter resultados e qualquer outro acompanhamento médico que seja necessário.

Ela também pode ser usada em uma escala mais ampla para ajudar com testes de estudantes na volta às aulas e de profissionais em escolas e universidades, algo que não está prontamente disponível hoje.

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Seu impacto pode se estender a outros tipos de testes no futuro, como para outros vírus, novas variantes da gripe ou para monitorar outros tipos de doenças, diz Stephen Quake, Ph.D. professor de Bioengenharia e de Física Aplicada na Universidade de Stanford, e vice-presidente do Chan-Zuckerberg Biohub.

Equilibrando oferta e demanda

“O que aprendemos durante esta pandemia é que existe uma disparidade entre a capacidade e a necessidade de testes. Certas partes dos EUA tem capacidade de teste de sobra, e outras não”, diz Quake. Segundo ele, Vera ajuda a resolver este problema dando à população uma forma de coletar amostras em casa e enviá-los a laboratórios de teste que podem estar em qualquer outro lugar.

Toda a informação sobre os participantes e resultados dos testes são protegidos, embora os resultados dos testes de Covid-19 sejam reportados aos departamentos de saúde pública como exigido pela lei.

Segundo Yvonne Maldonado, médica e professora de doenças infecciosas pediátricas e de pesquisas e política de saúde na Escola de Medicina de Stanford, e conselheira da equipe Vera, o mais interessante sobre o sistema é a “capacidade de acompanhar esta pandemia em tempo real, na medida do possível, e dar acesso aos testes à pessoas de que outra forma não seriam atendidas”.

O sistema em tempo real também possibilita que provedores de saúde e agências de saúde pública implementem algoritmos de teste mais complexos, incluindo o aumento na taa de testes à medida que sintomas são reportados, e planos de amostragem epidemiológica programáticos, feitos sob medida para as taxas de exposição, demografia e outras características locais.

Fonte: Microsoft