A Apple teria, no início de 2020, comprado a startup de inteligência artificial e visão computadorizada Vilynx por US$ 50 milhões (R$ 287,25 milhões, na conversão direta). Segundo a Bloomberg, porém, apenas agora os termos desta aquisição tornaram-se conhecidos.

Fontes próximas ao acordo falaram à agência de notícias em caráter de anonimato, explicando que a Vilynx usa a inteligência artificial para analisar o conteúdo audiovisual e textual dentro de um vídeo a fim de compreender o que a mídia está mostrando. Esse recurso serviria, por exemplo, para uma melhor capacidade de sugestão de tags para indexação em mecanismos de busca, por exemplo.

A Apple não confirmou – nem negou – a aquisição, limitando-se a dizer em comunicado que “compra a tecnologia de empresas menores de tempos em tempos e nós geralmente não discutimos nosso propósito ou planos”.

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Empresa de inteligência artificial comprada pela Apple pode ajudar a Siri a indexar melhor os resultados de sua busca. Imagem: Apple/Divulgação

O site da Vilynx, agora fora do ar, mencionava dois pilares de funcionamento da sua tecnologia: “reconhecimento” e “entendimento”. O primeiro, segundo a página, referia-se a “reconhecer o Michael Jordan em um vídeo”, enquanto o segundo referia-se a “entender quem é Michael Jordan, o ex-jogador de basquete que jogou pelo Chicago Bulls e estudou na Universidade da Carolina do Norte”.

Especulações da Bloomberg mostram que a Apple poderia encontrar utilidade para essa tecnologia na aquisição de resultados feitos em pesquisas pela assistente digital Siri, ou então implementá-la no seu app de Fotos para indexar as imagens capturadas por um iPhone de forma mais inteligente. Mais além, essa métrica pode ser aplicada na recomendação de filmes e séries do Apple TV+ ou músicas do Apple Music.

Pelas fontes da agência, cerca de 50 funcionários – entre engenheiros e cientistas de dados – da Vilynx foram mantidos pela Apple, incluindo a co-fundadora e CTO da companhia espanhola, Elisenda Bou-Balust. A Apple vai manter os escritórios da Vilynx em Barcelona, usando a estrutura como o seu principal hub de pesquisa e desenvolvimento em inteligência artificial na Europa.

Fonte: Bloomberg