A série Fifa faz bastante sucesso com seus jogos desde os anos 90 quando os videogames ainda se popularizavam. Por sua vez, com praticamente um jogo por ano desde então, os títulos desta franquia sempre tentaram trazer recursos novos para serem atrativos e continuarem em evidência.

Já em 2020, nós tivemos o lançamento do Fifa 21, que traz algumas novidades, apesar de contar praticamente com o mesmo “motor” visto nos títulos anteriores. Ainda assim, o jogo tem espaço para algumas novidades bem vindas e o Olhar Digital conta seguir o que achou dele!

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Modos de jogo

Se há algo em que o FIFA investiu em suas últimas versões foi nos “modos de jogos” disponíveis para os jogadores aproveitar o seu título ao máximo. Assim, o Fifa 21 traz opções desde para quem quer apenas curtir uma partida rápida até para quem quer gerenciar o seu elenco e ser competitivo online.

Modo volta

O primeiro modo de jogo que chama a atenção no Fifa é o chamado “Volta”, que lembra bastante o já saudoso Fifa Street, que fez bastante sucesso na geração do PlayStation 2, Xbox e Game Cube com partidas de futebol de rua, ou se preferir, a clássica pelada. Este modo, diferente das partidas normais, traz uma jogabilidade mais arcade e não procura ser realista sendo ideal para quem quer um passatempo rápido e descompromissado.

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Já ao passar por diferentes cenários, o seu time pode ter e até 5 jogadores, sendo que algumas partidas sequer tem goleiros. De forma geral, este modo de jogo é bem divertido, uma vez que fazer gol e driblar alguém é bem fácil, mas ele não está livre de defeitos. Aqui, por exemplo, diferente do que vemos nas partidas tradicionais, a inteligência artificial dos times não é das melhores.

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Nele, inclusive, existe até uma pequena história que pode ser completada em poucas horas e traz alguns jogadores do futebol já fora de atividade como o Kaká ou o Thierry Henry. A história, é verdade, não é muito criativa, mas é o suficiente para manter o entretenimento. Nela, você e seus amigos são convidados para um campeonato de futebol de rua e, ao impressionar a sua organização, acabam indo disputar um torneio bem maior em outras cidades do mundo.

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Modo Ultimate Team

Já o modo Ultimate Team é para quem está disposto a realmente gastar mais tempo no jogo e para quem procura uma certa competitividade. Nele, em um tipo de sistema de cartas, você acaba montando o seu próprio time com alguns jogadores que tem o seu “nível” técnico inicial mais baixo. Assim, ao jogar as partidas, que podem ser offline e online, você acaba recrutando novos jogadores.

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Aqui, na hora de jogar online, o Fifa 21 também se mostra inteligente ao te colocar primeiro em partidas “sem ranking” justamente para saber com quais níveis de jogadores ela deverá te colocar contra. Em relação as novidades, além de um visual repaginado nos menus, agora é possível chamar um amigo para realizar partidas, o que deixa a experiência geral um pouco mais agradável.

Modo carreira

Outro modo que tem feito bastante sucesso no Fifa já faz um bom tempo é o “Carreira”, que nesta versão também conta com algumas novidades. Agora, ao invés de você ter que jogar uma partida ou um treino até o fim, você pode simplesmente simular o resultado.

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Já quem se cansou de controlar apenas o seu jogador no modo carreira também gostará de saber que agora você pode ser um “treinador mais completo”. Por exemplo, você pode fazer substituições e até fazer jogadores trocarem de posição.

Uma nova narração

Uma grande mudança feita neste Fifa e que realmente afeta a dinâmica do jogo, apesar de não mexer na jogabilidade, é a nova narração dele. Agora, o narrador principal do Fifa 21 é o Gustavo Villani, que junto com o Caio Ribeiro e mais um jornalista, fazem uma narração muito mais natural do que vimos nas últimas versões do jogo.

Além de trazer alguns de seus bordões, o Villani realmente interage com o jogo e com o jogador, por exemplo, ao fazer comentários sobre seu “jogador” criado perguntando se ele deve ou não aceitar uma trasferência apenas para colocar mais lenha na fogueira junto a imprensa. Não somente isso, as críticas que ele faz quando você está jogando mal são realmente perspicazes e coerentes.

Uma jogabilidade mais inteligente, mas com certos deslizes

Um dos pontos fortes do Fifa sempre foi a sua jogabilidade e apesar de eu estar sem um contato mais “profundo” com a série faz certo tempo, em pouco tempo me re-adaptei ao jogo. De forma geral, quem jogar o Fifa 21 por pouco tempo, dificilmente notará as novidades, mas é verdade que alguns aspectos melhoram.

Nele, por exemplo, finalmente, a EA adicionou ao jogo mais formas de você controlar “dois jogadores” ao mesmo tempo. Assim, com a ajuda de um simples botão, você pode mandar um jogador sair em disparada para que seja possível fazer um lançamento para ele e até mesmo pegar a bola de volta.

Outro ponto que achei mais difícil nesta versão do Fifa foi para realizar dribles. De forma geral, você praticamente continua usando o “analógico da direita” para as firulas e os botões de gatilhos ou outras combinações para fazer cortes rápidos. Entretanto, diferente do que tínhamos em outras versões, os zagueiros e outros adversários estão mais “ligados” e não é sempre que o “futebol arte” será eficaz.

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Mais um ponto que achei complicado nesta versão foi também em me defender. Quando um time realmente pega a posse de bola, não é tão fácil realizar uma interceptação ou roubar a bola, inclusive, a função de “marcar com o zagueiro não controlado” já não funciona tão bem quanto no passado. Apesar desta dificuldade, quando eu ataco, sinto até que a própria inteligência artificial do jogo não rouba a bola com tanta facilidade.

Já quem gosta de personalizar os controles do jogo talvez encontre certas dificuldades, também. Por exemplo, eu gosto de alternar por completo o que pode ser feito com os “gatilhos”, só que o Fifa 21 sempre te força a alternar os “mesmos gatilhos” para as ações de ataque e defesa. Assim, você não pode apenas mudar a ação de ataque ou defesa e precisa se adaptar.

Grandes elencos, mas o Brasil está em falta

É inegável que o Fifa possui um grande número de times disponíveis com os seus jogadores licenciados, o que significa, que você vê o nome de verdade deles no jogo. Apesar de contar com um número generoso de times, nós entendemos que a questão do licenciamento não depende só da EA, mas me senti um pouco desapontado ao jogar com times do Brasil.

Ao selecionar qualquer time do Brasil, infelizmente, no lugar dos jogadores brasileiros de verdade, você vê apenas nomes genéricos. Não apenas isso, o Fifa 21 também não traz qualquer estádio do Brasil, o que realmente é uma pena.

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Esse problema de elencos, inclusive, vale lembrar, não ocorre apenas com times do Brasil. Até mesmo ligas maiores licenciadas como a italiana conta com alguns times e jogadores com nomes fictícios.

Conclusão

O Fifa 21 continua oferecendo uma ótima experiência aos seus jogadores, principalmente por conta da diversidade de modos apresentados. Apesar de não trazer de fato nenhum modo novo, a grande verdade é que os modos existentes foram bem melhorados e tiveram diversos de seus pontos fracos corrigidos.

Na questão de jogabilidade, o Fifa 21 inova um pouco e, assim como nos modos, não se arrisca tanto. Pessoalmente, eu gostaria que a inteligência artificial estivesse um pouco melhor ao menos na defesa, já que notei falhas neste ponto tanto como sendo o jogador quanto contra o computador. E, por fim, a última parte em que gostaria de ver melhorias é em relação aos times e campeonatos do Brasil, apesar de isso não depender apenas da desenvolvedora do jogo, já que envolve licenças e outras negociações.

Assim, é possível afirmar que o Fifa 21 realmente consegue se mostrar bem divertido como uma opção tanto para jogadores casuais quanto para quem quer desafios online ou nos e-sports.

Para testar o título, a Eletronic Arts enviou ao Olhar Digital uma cópia do jogo para PC.