Em clima de despedida, a Adobe lançou nesta terça-feira (8) a última atualização programada fora da China — o país tem uma versão separada do software — para seu plug-in Flash Player . A empresa deixará de oferecer suporte ao Flash em 31 de dezembro e bloqueará a execução de conteúdos dependentes do plug-in em 12 de janeiro de 2021.
O Flash está em processo de desativação desde 2017, com o anúncio de encerramento do suporte pela Adobe. Desde então, os principais navegadores já estavam buscando alternativas para substituir o Flash – o Chrome já vem anunciado há tempos o encerramento da ferramenta. A própria Adobe sugeriu aos desenvolvedores, em 2015, a mudarem para padrões mais recentes, como o HTML5.
Na última nota de atualização do plug-in, a Adobe ofereceu um breve agradecimento. “Queremos agradecer a todos os nossos clientes e desenvolvedores que usaram e criaram conteúdos Flash Player incríveis nas últimas duas décadas. Estamos orgulhosos de que o Flash teve um papel crucial na evolução do conteúdo da web em animação, interatividade, áudio e vídeo. Estamos entusiasmados em ajudar a liderar a próxima era de experiências digitais”.
As frequentes e numerosas falhas de segurança foram os principais motivos para a descontinuidade do Flash, que ameaçavam jogos, animações antigas e outros sites que usufruíam do plug-in.
Felizmente, a comunidade de desenvolvedores se uniu para manter algumas mídias dependentes do plug-in vivas.
Parte desse esforço se traduz no desenvolvimento do emulador open source chamado Ruffle, que habilitará arquivos Flash antigos por meio de uma ferramenta de desktop ou plug-in de browser.
O site Internet Archive, por exemplo, já faz uso do Ruffle para preservar mais de mil jogos e animações em sua página de web. Já o portal Flash Kongregate firmou uma parceria com um museu para preservar sua biblioteca de projetos.
O fim do Flash Player parece inevitável com o fim do conturbado ano de 2020. O plug-in, entretanto, certamente será lembrado como um dos principais atores no desenvolvimento de aplicações.
Via: The Verge