Laboratório chinês Walvax fabrica estrutura para nova vacina contra Covid-19

Laboratórios Walvax pretendem começar a produção de nova vacina aos moldes daquela criada pela AstraZeneca no meio de 2021
Por Rafael Arbulu, editado por Liliane Nakagawa 29/12/2020 12h17, atualizada em 29/12/2020 18h30
Vacinação pessoas com comorbidades
Imagem: Orpheus FX/Shutterstock
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O laboratório chinês Walvax pretende criar uma nova vacina contra a Covid-19, com produção do imunizante prevista para a metade de 2021 – para tanto, a empresa de biotecnologia já começou a construção de uma nova estrutura de fábrica para o novo imunizante, segundo informou a mídia estatal do país.

De acordo com as informações divulgadas, a nova vacina chinesa deve seguir os moldes da medicação desenvolvida pela AstraZeneca (conhecida aqui no Brasil como “vacina de Oxford”, devido à parceria da farmacêutica com a universidade homônima) e a capacidade antecipada de produção menciona 200 milhões de doses por ano.

laboratório chinês walvax
Laboratório chinês Walvax deve começar a produzir nova vacina contra a Covid-19 na metade de 2021, segundo informa mídia local. Imagem: siam.pukkato/Shutterstock

Quando falamos em “moldes” da vacina da AstraZeneca, nos referimos ao método empregado em seu desenvolvimento: o imunizante em questão usa um adenovírus presente em chimpanzés para entregar componentes que ativem uma resposta imunológica contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2), que causa a Covid-19. Entretanto, este método nunca foi testado pelos chineses, ao passo que a vacina da AstraZeneca está em seus estágios finais de aprovação pelos órgãos de saúde.

Em testes conduzidos no Reino Unido e no Brasil, a AstraZeneca obteve uma eficácia de 62% para participantes que receberam duas doses completas do imunizante, versus 90% para um grupo que recebeu metade de uma primeira dose e uma segunda dose completa. Outras candidatas a vacina contra a Covid-19 também empregam o mesmo método – como o imunizante da CanSino Biologics, outra empresa chinesa.

Ao todo, a China tem cinco medicações contra o novo coronavírus em fases avançadas ou finais de testes.

Fonte: Reuters

Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Liliane Nakagawa é redator(a) no Olhar Digital