Site vendia cópias falsas da CoronaVac a menos de R$ 100, alerta Procon

Procon alertou a polícia, informando que o site que praticava o golpe das “falsas vacinas” já saiu do ar e endereço registrado estava vazio
Por Rafael Arbulu, editado por Daniel Junqueira 06/01/2021 19h23, atualizada em 06/01/2021 20h29
Lote com insumos coronavac
Imahem: rafapress/Shutterstock
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Com R$ 98, qualquer um poderia comprar online cópias falsas da CoronaVac, segundo comunicado do Procon de São Paulo. O órgão identificou a página que vendia doses falsificadas do imunizante e comunicou a polícia do Estado. Até o fechamento desta nota, o site estava fora do ar.

Segundo a entidade, o caso tinha todas as características de um golpe. E mais: a página, intitulada “Farmácia 24 Horas”, ainda oferecia entrega gratuita para todo o país. Evidentemente, era tudo mentira.

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Golpes prometendo “vacinas” que não passam de falsificações têm gerado alertas no Procon-SP. Imagem: Alexander Limbach/Shutterstock

A CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e será produzida e distribuída em São Paulo pelo Instituto Butantan, mediante um acordo estabelecido entre a empresa farmacêutica e o governo do Estado. Segundo o governador João Dória (PSDB-SP), a campanha de vacinação deve começar em 25 de janeiro, mas a CoronaVac ainda está em avaliação de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A “Farmácia 24 Horas” apresentava um endereço físico na Avenida Juscelino Kubitschek, na zona sul de São Paulo. O Procon-SP visitou o local, mas não encontrou nada lá. Na internet, além do site, os responsáveis também desapareceram.

O órgão de fiscalização aproveitou a oportunidade para ressaltar a necessidade de cautela na busca por informações sobre a Covid-19 no Brasil. Segundo os especialistas, outras pessoas com más intenções podem se aproveitar do interesse no assunto para aplicar golpes parecidos com o da CoronaVac falsa.

Há algumas semanas, posts em redes sociais falavam de vacinas vendidas por camelôs, da possibilidade de importar os imunizantes e até da coleta de informações para cadastros em supostas filas para recebimento das vacinas. A vacina de camelô, ao que tudo indica, era apenas um meme de internet, mas outros golpes do tipo têm ocorrido não apenas no Brasil, mas em outros países também.

Fonte: Procon-SP

Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Daniel Junqueira é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo. Iniciou sua carreira cobrindo tecnologia em 2009. Atualmente, é repórter de Produtos e Reviews no Olhar Digital.