Na manhã desta quarta-feira (6), Julian Assange, fundador do WikiLeaks, teve a fiança negada pela juíza que acompanha o caso de extradição do jornalista aos Estados Unidos, segundo informações da Reuters.
Vanessa Baraitser alega que há risco de fuga do australiano enquanto aguarda a apelação do Departamento de Justiça dos EUA, recurso que tenta garantir a extradição ao país norte-americano. Segundo ela, a conduta anterior possui motivos substanciais para crer em uma possível tentativa de fuga, enquanto o jornalista estiver em liberdade.
Além disso, ela lembrou que, apesar de ter rejeitado o pedido de extradição nesta segunda-feira, a decisão ainda pode sofrer mudanças. “No que diz respeito ao Sr. Assange, este caso ainda não foi ganho… o resultado deste recurso ainda não é conhecido”, advertiu.
Em 2012, Julian Assange, se refugiou na embaixada equatoriana, em Londres. O pedido de asilo foi uma tentativa de evitar extradição a Suécia, que o acusava de supostos crimes sexuais, mais tarde arquivados por falta de provas. Durante sete anos, o fundador permaneceu na embaixada, sendo em 2019, arrastado para fora pela guarda britânica após o Equador revogar o asilo. Após o episódio, Assange, que foi diagnosticado com “transtorno depressivo recorrente” e autismo, se encontra na prisão de Belmarsh, penitenciária de segurança máxima em Londres.
Desde de julho de 2010, quando diversos veículos de imprensa do mundo todo começaram a publicar documentos norte-americanos confidenciais vazados pelo WikiLeaks, os EUA tentam levá-lo sob julgamento de conspiração por hackear e uma série de acusações envolvendo a polêmica Lei de Espionagem.
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