Roku compra séries do Quibi e passa a exibi-las de graça

Pagou barato: aquisição já esperada por especialistas ficou abaixo de US$ 100 milhões pelo das séries produzidas pelo Quibi
Por Rafael Arbulu, editado por Liliane Nakagawa 08/01/2021 16h14, atualizada em 08/01/2021 16h25
Roku
Imagem: Lori Butcher/Shutterstock
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A Roku confirmou a compra de todo o conteúdo original do Quibi, serviço de streaming que fechou as portas em outubro de 2020. Por mais que o negócio fosse esperado, o valor pago surpreendeu analistas: menos de US$ 100 milhões.

Mais interessante ainda, porém, é o uso do conteúdo recém-adquirido. Isso porque todas as séries originais produzidas pelo Quibi serão exibidas gratuitamente (porém com anúncios) pelo Roku Channel.

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Séries originais do Quibi, como “Flipped”, agora fazem parte do catálogo da Roku. Imagem: Quibi/Divulgação

O Quibi era um serviço de streaming de produções curtas – como séries com episódios de 10 minutos ou menos de duração -, para ser reproduzido especificamente em dispositivos mobile. Pense que, em vez de ouvir uma música durante uma viagem de ônibus, você ligaria o Quibi para maratonar uma série.

Antes mesmo de seu lançamento em 2020, o Quibi chegou a levantar US$ 1,75 bilhão em uma rodada de investimentos. Entretanto, as esperanças dos co-CEOs veio abaixo quando a meta de assinantes esperada não foi cumprida.

Com a Roku fechando a compra do Quibi, a empresa agora investe em conteúdo original junto de sua oferta de hardware. A empresa é conhecida no exterior por fornecer dispositivos de reprodução para televisores, capaz de transmitir conteúdo de parceiros e concorrentes – similar ao que faz o Chromecast, do Google.

No Brasil, algumas Smart TVs da AOC trazem a plataforma como um app dedicado, mas ainda não se sabe se a aquisição da Quibi terá reflexo por aqui.

Fonte: Fast Company

Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Liliane Nakagawa é redator(a) no Olhar Digital