A União Europeia revelou que vai recomendar que pessoas vindas de lugares como Brasil, Reino Unido e África do Sul cumpram um período de quarentena obrigatória com duração de 14 dias.  

O objetivo é o de impedir a disseminação de variantes mais contagiosas do novo coronavírus – já que esses são os lugares onde há registros de infecções mais severas por conta de mutações.  

A ideia é que as medidas sejam adotadas para toda e qualquer viagem considerada essencial. Isso porque, qualquer deslocamento que não seja por motivo urgente é desaconselhado por autoridades.  

No entanto, há algumas exceções à essa regra. Profissionais de saúde, viagens por motivo de estudo e trabalhadores que exercem função necessária do ponto de vista econômico estão entre os que podem se locomover e não precisam cumprir o isolamento.  

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Mesmo assim, integrantes do grupo permitido ou residentes da União Europeia que estão retornando aos países de origem devem realizar o teste PCR até 72 horas antes do embarque.

Para indivíduos que não se enquadram em nenhuma das regras que os livram da quarentena, testes devem ser realizados assim que chegarem aos aeroportos – além do cumprimento do isolamento. 

A partir de agora, as recomendações da União Europeia serão avaliadas pelo Conselho Europeu. No entanto, apesar de regras gerais, cada um dos 27 países terá autonomia para impor as próprias normas restritivas.  

Implementação de ‘passaportes da vacina’ 

A comissão da União Europeia pretende acordar, até o fim de janeiro, uma estrutura para reconhecer toda a documentação de vacinação de sua população, capaz de ser utilizada nos sistemas de saúde do bloco e fora dele, afirmou o órgão na última terça-feira (19). 

“Os certificados de vacinação permitem um registro claro do histórico de vacinação de cada indivíduo, para garantir o acompanhamento médico correto, bem como o monitoramento de possíveis efeitos adversos”, disse a comissão da União Europeia. Além disso o sistema poderá facilitar outras aplicações entre fronteiras no futuro. 

Preservar identidade e dados médicos dos usuários serão grandes desafios para a União Europeia. Foto: create jobs 51/Shutterstock

O projeto ainda está em período embrionário, mas é possível que os certificados tenham formatos físicos (em papel) e digitais. Com isso, um dos grandes desafios do bloco será assegurar a privacidade da identidade e dados médicos dos indivíduos da União Europeia, bem como estudar quem e como as entidades gerenciarão essas informações confidenciais. 

Via: Folha de São Paulo