Rastreio remoto de alunos por meio de um aplicativo de celular que funciona via bluetooth. Essa foi a alternativa adotada pelo Colégio Master, uma instituição de ensino privada em Cuiabá, capital do Mato Grosso, para evitar surtos de Covid-19 na escola e monitorar os contatos de alunos, funcionários e professores.
Alguns estados do Brasil, São Paulo entre eles, anunciaram a reabertura de escolas, mesmo durante a segunda onda da Covid-19. Por isso, o Colégio Master dividiu os alunos em grupos (bolhas) e buscou o auxílio da tecnologia para conter o avanço da doença em suas instalações.
A instituição adotou o aplicativo Mapeamento Preventivo de Interações (MPI), criado por uma startup brasileira em parceria com a Ambev. Ligado durante todo o período de aula nas dependências da escola, o app monitora os passos de cada indivíduo, bem como a distância entre eles. Tudo isso é feito por meio da troca de dados entre os celulares.
“Eles [alunos] instalam e programam o período que ficam na unidade escolar para o aplicativo estar ligado. O app monitora o distanciamento, a proximidade de outros. Todos os funcionários também usam”, afirma Thiago Nunes, diretor de marca do Colégio Master.
Além disso, o MPI classifica os contatos de acordo com a duração e a proximidade. Uma interação de mais de 15 minutos a menos de dois metros de distância é considerada grave (faixa 4), enquanto uma rápida, de menos de 30 segundos, e com proximidade de seis metros é enquadrada como branda (faixa 1). Se um aluno, professor ou funcionário apresentar sintomas de Covid-19, o app informa quem teve contato próximo com ele.
Auxílio tecnológico
Agora, o aplicativo também deve ser incorporado em outras escolas do grupo Eleva, proprietário do Colégio Master, que tem 130 unidades espalhadas pelo Brasil. E já há outros apps preparados para auxiliar instituições de ensino a combater a disseminação da Covid-19 no retorno das aulas.
Um deles é o IsCool, que ajuda a evitar aglomerações de alunos e tem sido usado em diferentes Estados. Basicamente, a ferramenta emite um aviso à portaria ou ao docente quando os responsáveis pelos alunos estiverem próximos da escola para buscá-los. Com isso, a saída fica mais controlada: a criança só vai até a porta quando o responsável entra no raio determinado pelo colégio.
No Estado de São Paulo, o governo anunciou a criação de uma plataforma para unificar os dados de alunos e docentes contaminados. A ferramenta deve ajudar a evitar surtos e monitorar a incidência da doença nas dependências escolares.
O retorno às aulas da rede estadual paulista está previsto para a próxima segunda-feira (8). As escolas particulares retomaram as atividades presenciais no dia 1°.
Via: Estadão
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