Elon Musk irá doar US$ 100 milhões para uma nova competição da X Prize Foundation, focada em tecnologia de remoção de carbono da atmosfera. O concurso, que foi anunciado na manhã desta segunda-feira (8) irá ocorrer ao longo de quatro anos, e a participação é aberta a equipes de todo o mundo.

15 equipes serão selecionadas daqui a 18 meses. Cada uma irá receber US$ 1 milhão, e 25 bolsas de estudo de US$ 200.000 cada serão doadas a equipes estudantis. A grande vencedora receberá um prêmio de US$ 50 milhões, com US$ 20 milhões para a segunda colocada e US$ 10 milhões para a terceira colocada.

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As equipes terão de “demonstrar uma solução que possa retirar dióxido de carbono diretamente da atmosfera ou dos oceanos e armazená-lo permanentemente de uma forma ambientalmente benigna”. O objetivo é chegar a soluções capazes de remover uma tonelada de CO₂ por dia, que possam ser escaladas 1 milhão de toneladas (1 gigaton) ou mais.

“Queremos ter um impacto realmente significativo. Negatividade na emissão de carbono, não neutralidade”, disse Musk. “Esta não é uma competição teórica. Queremos equipes capazes de construir sistemas reais que possam ter um impacto mensurável e que possam ser escaladas ao nível dos gigatons. Por quaisquer meios necessários. Não temos muito tempo”.

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Microsoft também trabalha na remoção de carbono

Recentemente a Microsoft anunciou os resultados do primeiro ano de seu esforço para se tornar “negativa” em emissões de carbono (capturar mais do que emite) até 2030. A empresa reduziu suas emissões em 6% – o equivalente a 730.000 toneladas. 

Ao mesmo tempo, bancou a remoção de 1,3 milhão de toneladas de carbono em 26 projetos ao redor mundo, que correspondem a 11% da sua produção. De acordo com a empresa, todos os dados do relatório serão submetidos a auditoria.

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“Até 2030, nossa meta é reduzir nossas emissões em mais da metade. Isso significa que, se mantivermos e, em seguida, melhorarmos essas reduções por 10 anos consecutivos, alcançaremos e superaremos essa meta”, avalia o presidente da companhia, Brad Smith.

Ao longo dos últimos 12 meses a Microsoft confiou principalmente em projetos de reflorestamento para absorver e armazenar suas emissões de carbono.

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Menos de 1% do carbono que a Microsoft disse ter removido da atmosfera no ano passado foi processado por tecnologias emergentes de captura direta do ar. “Hoje não existe um ecossistema de remoção de carbono real e o mundo deve construir um novo mercado em uma escala e cronograma sem precedentes, quase do zero”, afirma Smith.

Fonte: The Verge