O novo relatório da empresa de cibersegurança Kaspersky afirma que os ataques de malwares disfarçados de aplicativos de ensino cresceram 60% no segundo semestre de 2020. Segundo o documento, o Zoom foi o aplicativo mais usado como isca, seguido do Moodle e Google Meet.

O crescente número de ataques por meio desses aplicativos se deve, principalmente, pela nova maneira de se comunicar neste momento de pandemia. Com as aulas em modalidade online e empresas adquirindo o modelo de home office, as plataformas de reunião virtual cresceram exponencialmente e elas também são os principais alvos nos ataques de malwares.

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O relatório da Kaspersky aponta que mais de 270 mil pessoas tiveram contatos com arquivos maliciosos ao tentar baixar algum programa de aula online em sites fraudulentos. Nos seis primeiros meses de 2020 foram constatadas pouco mais de 168 mil vítimas.

Apesar do grande número de ataques, a empresa de cibersegurança afirma que 98% das ameaças não se tratava de vírus e sim riskwares e adwares. O primeiro consiste na instalação de aplicativos legítimos que podem causar danos se forem explorados por usuários mal-intencionados. E os adwares são programas de computador que exibem grande quantidade de anúncios sem a autorização do usuário.

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O especialista em segurança da Kaspersky, Anton Ivanov, afirma que normalmente os usuários encontram essas ameaças por meio de instaladores de aplicativos falsos, que podem ser encontrados em sites fraudulentos criados para se parecer com a plataforma original, ou em e-mails disfarçados com ofertas especiais.

“Infelizmente, até que todos os alunos estejam de volta à sala de aula em tempo integral, as instituições educacionais continuarão a ser alvos dos criminosos, especialmente porque, tradicionalmente, a cibersegurança não é prioridade nesse setor. No entanto, a pandemia deixou claro que isso precisa mudar, especialmente porque a tecnologia está sendo cada vez mais incorporada às salas de aula, sejam elas virtuais ou não”, declarou Ivanov.

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