Em dezembro de 2020 o radiotelescópio do observatório de Arecibo, em Porto Rico, desabou após 57 anos de operação. O local desempenhou papel fundamental em diversas descobertas astronômicas e sua desativação desmotivou diversos profissionais da área. Porém, uma nova imagem da Lua trouxe ânimo aos astrônomos.

A nova imagem da superfície do satélite terrestre natural foi obtida por uma equipe de astrônomos através do radiotelescópio de Green Bank, nos Estados Unidos. O feito foi um grande marco por ser a primeira vez que este telescópio móvel com mais de 100 metros de diâmetro é utilizado desta forma.

Apesar de ter apresentado resultado satisfatório, o novo sistema em Green Bank não foi desenvolvido para substituir o observatório de Arecibo. A ideia inicial é que os dois trabalhassem em conjunto, mas a deterioração e desabamento do radiotelescópio em Porto Rico impediu a união dos trabalhos.

Karen O’Neil, diretora do observatório responsável pela nova imagem da Lua, afirmou que os resultados são fantásticos e que a primeira fase do experimento preliminar foi um sucesso.

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A técnica de radar consiste em enviar ondas de rádio para o espaço e investigar como essas ondas refletem na superfície, obtendo as informações a partir do eco que volta à Terra. Nesta nova experiência, a equipe do observatório montou um transmissor na antena do telescópio de Green Bank, que enviou um sinal à Lua que foi captado por outras antenas astronômicas nos Estados Unidos.

A imagem mostra a região onde a nave Apollo 15 posou em 1971. Graças aos ecos obtidos pela tecnologia é possível reconstruir detalhadamente os relevos da Lua, incluindo crateras e montanhas. E com o sucesso do resultado, é possível pensar na construção de um sistema ainda mais potente, capaz de explorar objetos mais distantes da Terra.

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