Estudo israelense aponta que vacina da Pfizer tem 94% de eficácia

Imunizante da Pfizer BioNTech foi aplicado em 600 mil pessoas em Israel, que afirmou queda de 94% dos casos comuns e 92% dos casos graves
Por Rafael Arbulu, editado por Roseli Andrion 16/02/2021 16h44, atualizada em 16/02/2021 16h46
Vacina da Pfizer eficaz contra a variante Delta, assim como a AstraZeneca
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A vacina desenvolvida pela farmacêutica Pfizer em parceria com a BioNTech apresentou 94% de eficácia contra casos sintomáticos comuns de Covid-19, além de 92% contra manifestações graves, segundo estudo conduzido em Israel. O documento, da principal seguradora de saúde do país, indica ainda que ambos os números se mantêm mesmo em idosos com mais de 70 anos.

A pesquisa testou cerca de 600 mil pessoas que receberam ambas as doses do imunizante. Israel lidera o ranking mundial de vacinação contra a Covid-19: a fórmula da Pfizer já foi aplicada em 3,8 milhões de pessoas. Destas, 2,4 milhões já receberam a segunda dose. A população total de Israel é de aproximadamente 8,9 milhões de pessoas, segundo censo de 2018.

Vacina da Pfizer/BioNTech
Vacina da Pfizer demonstra eficácia alta em testes conduzidos em Israel. Imagem: Seda Servet/Shutterstock

Negociação do imunizante no Brasil

Na quinta-feira (11), o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, compareceu à sessão plenária na Câmara dos Senadores para responder a questionamentos relacionados às vacinas disponíveis no Brasil. Sobre a compra da vacina da Pfizer, ele criticou a empresa pelas condições impostas para a venda do imunizante.

“A vacina da Pfizer é excelente? Sim. A Pfizer nos procurou desde o início? Sim. Fizemos reuniões tentando demovê-los de cláusulas que são impraticáveis na minha, na do Ministério e na visão do governo”, disse. “Mesmo que aceitássemos todas as condições desde o início, seriam oferecidas seis milhões de doses no primeiro semestre. Senhores, não podíamos ficar nisso. Quantas vezes eu falei: ‘nós queremos a Pfizer em grande quantidade. E queremos sem as condições leoninas que nos são impostas'”.

Imagem mostrando o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, em sessão no Senado Federal
O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, criticou as condições impostas pela Pfizer para a venda do imunizante. Imagem: Waldemir Barreto/Agência Senado

Três cláusulas foram atacadas pelo ministro: a primeira diz que o governo federal tem de se responsabilizar por possíveis efeitos colaterais. A segunda afirma que ativos brasileiros no exterior devem ficar disponíveis como segurança para o caso de falta de pagamento (é como o cheque-caução imposto em alguns contratos de aluguel). Já a terceira cláusula indica que a Justiça brasileira deve abrir mão de colocar a Pfizer em juízo por qualquer caso pertinente à vacina.

E vale lembrar: a fórmula da Pfizer foi usada pelo presidente Jair Bolsonaro para ironizar possíveis efeitos colaterais causados pela fórmula. “Lá no contrato da Pfizer está bem claro: nós [a Pfizer] não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema seu”, disse, em dezembro de 2020.

Fonte: Estado de Minas / JovemPan

Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Roseli Andrion é redator(a) no Olhar Digital