A IBM (International Business Machines) afirmou que sua pesquisa sobre a captura de carbono pode acelerar as tecnologias emergentes sobre o assunto, podendo chegar à meta de zerar a emissão até 2030. Segundo o presidente James Whitehurst, a empresa não irá capturar carbono e sim ajudar a criar tecnologias para essa função.

O projeto é baseado na pesquisa sobre o futuro do clima, feita pela própria IBM no ano passado. A ideia é utilizar computação em nuvem e aprendizado de máquina para projetar matérias que consigam capturar dióxido de carbono em locais poluentes ou até mesmo sugá-lo do ar. A proposta ganhou um impulso da Exxon Mobil Corp. no começo deste mês, quando a empresa relatou que investiria US$ 3 bilhões em captura de carbono.

“Sem dúvida estamos contando com algumas tecnologias que ainda não existem”, disse Whitehurst. “A razão pela qual nos sentimos confiantes em fazer isso é que estamos no centro de ajudar a desenvolver essas tecnologias.”

James Whitehurst, presidente da IBM
James Whitehurst, presidente da IBM. Imagem: Redes Sociais

O foco da empresa de tecnologia da informação é atingir emissões mínimas de gases de efeito estufa até 2030, com uma meta de emissões 65% menores até 2025 em relação aos níveis de 2010. A IBM relatou que vai usar 75% de eletricidade renovável até 2025 e 90% até 2030.

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A maior emissão de gases da IBM parte de seus data centers. E, segundo um estudo publicado na revista Challenges em 2015, até 2030 os data centers deverão consumir mais de 10% do consumo mundial de eletricidade.

Em janeiro deste ano a IBM se juntou a empresas como a Apple, Verizon Communications e Boeing para ingressar no Consórcio de Clima e Sustentabilidade do MIT (Massachusetts Institute of Technology), com intuito de acelerar as tecnologias para combater as mudanças climáticas.

James Whitehurst descartou a possibilidade de pagar proprietários de florestas para deixar as árvores em pé e capturar a fumaça do metano presente nas fazendas de suínos, moeda de troca chamada de crédito de compensação de carbono. Cada crédito de carbono equivale a uma tonelada de CO2. “Precisamos alcançar a neutralidade de carbono sem preencher um cheque para compensar as emissões”, completou o presidente da IBM.

Via: The Wall Street Journal

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