O estado de São Paulo deve entrar em uma fase mais restritiva do plano de contenção à Covid-19. Em coletiva realizada nesta segunda-feira (22), o Centro de Contingência anunciou indicadores preocupantes para a região, e um número recorde de pessoas internadas no estado, forçando a adoção de novas medidas que serão anunciadas na quarta-feira (24) e colocadas em prática a partir de sexta-feira (26).

Segundo João Gabbardo, coordenador-executivo do grupo, afirmou que há no estado inteiro 6.410 pessoas ocupando leitos de UTI em decorrência da Covid-19. Na primeira fase da epidemia na região, o máximo haviam sido 6.257, registrados em julho.

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 A revelação do número absoluto de internados também é uma novidade; o comitê costumava divulgar apenas a proporção de leitos ocupados.

Com a situação considerada crítica, Gabbardo diz que as novas recomendações visarão reduzir a mobilidade no estado, que é o que o governo pode fazer para tentar conter as taxas de transmissão do vírus.

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Atualmente, a maior parte do estado está nas duas fases mais críticas, laranja e vermelho, do Plano São Paulo, que prevê relaxamento ou enrijecimento das restrições na região de acordo com indicadores epidemiológicos. São 11 sub-regiões de SP nessas duas fases, com outras 4 na fase amarela. No entanto, Gabbardo afirma que as orientações serão adicionais às que já estão previstas no Plano São Paulo, que basicamente regula horários de abertura e fechamento de estabelecimentos comerciais.

Plano São Paulo
Atualização mais recente do Plano São Paulo prevê a maior parte das regiões nas duas fases mais restritivas. Imagem: Reprodução

Durante a coletiva, também foi apontado que, apesar do aumento no número de pacientes internados, não parece ter havido um aumento no número de casos, indicando que os infectados com casos graves estão ocupando leitos por mais tempo do que antes, contribuindo para o nível de ocupação.

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Até o momento, o estado de São Paulo já acumula 57.482 mortes por Covid-19, com quase 2 milhões de casos confirmados até o momento, o que equivale a 126 óbitos por 100 mil habitantes e 4.308 casos/100 mil habitantes, resultando em uma letalidade de quase 3% segundo os dados oficiais. Também há mais 7.196 pessoas internadas em leitos de enfermaria, sem necessariamente precisar de UTI.