A China revelou na segunda-feira (22) as primeiras imagens das amostras do solo lunar que foram recolhidas pela missão Chang’e 5 em dezembro. As imagens foram liberadas após um encontro do presidente chinês, Xi Jinping, com os cientistas e engenheiros da missão no “Grande Salão do Povo” em Beijing.

A missão Chang’e 5 coletou 1,7 Kg de solo lunar. O material inclui grãos escuros, “poeira” fina e vidros basálticos. Antes dela, a última vez que amostras da Lua foram trazidas à Terra foi na missão Luna 24, em 1976.

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O público chinês terá a chance de ver parte das amostras em março, quando serão exibidas no Museu Nacional da China em Beijing. Eles serão acondicionados no centro de um vaso de cristal artificial, que tem o formato de um antigo vaso usado em rituais chamado Zun.

Próximas missões da China

As dimensões do vaso são cheias de significado. Ele tem exatos 38,44 cm de altura e 22,89 centímetros de largura, representando a distância entre a Terra e a Lua (384.400 km) e os 22,89 dias de duração da missão Chang’e 5.

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Vaso com amostras do solo lunar que será exposto em março no Museu Nacional da China em Beijing. Imagem: China Global Television Network (CGTN)/Reprodução

Durante a reunião com a equipe da Chang’e 5, o presidente chinês comentou que o sucesso da missão representa a conclusão dos três primeiros objetivos do programa de exploração lunar do país chamado CLEP (China Lunar Exploration Program): orbitar a lua, pousar e retornar com amostras.

A China planeja outra missão de retorno de amostras, chamada Chang’e 6, que irá pousar no polo sul da Lua por volta de 2024. Já as missões Chang’e 7 e 8 irão envolver módulos de pouso (landers), robôs de exploração (rovers), satélites e veículos orbitais, e tentarão alcançar uma série de objetivos científicos e tecnológicos.

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Fonte: Space.com