Nesta terça-feira (2) foi confirmada a morte da veterinária pernambucana Pryscila Andrade, de 31 anos. Ainda jovem, ela foi vítima de uma condição raríssima, chamada de Síndrome de Haff, também conhecida como “doença da urina preta”. Em um cenário de pandemia de Covid-19, o caso incomunm foi suficiente para gerar preocupação sobre o potencial de uma nova doença letal.

No entanto, a doença não tem nada de nova e tem muito poucas chances de causar danos generalizados. Isso porque sua transmissão depende de uma série de fatores incomuns.

Pryscila e sua irmã, Flavia Andrade, de 36 anos, contraíram a doença ainda em 18 de fevereiro. O motivo: elas comeram peixe arabaiana e não demoraram a passar mal. Acredita-se que a doença seja transmitida justamente por uma toxina em peixes de água doce, mesmo que ele tenha sido cozido ou assado corretamente.

A doença causa a ruptura de células musculares e causa dor e rigidez nos músculos e no tórax. Ela também pode causar falta de ar e perda de força e mudar a cor da urina para uma tonalidade escura; por este motivo é chamada de “doença da urina preta”. Também pode causar problemas renais.

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Os sintomas são compatíveis com o relato de Flávia sobre o caso da irmã nas redes sociais. Ela sentiu dores após o consumo do peixe, mas sem complicações. Depois, ela ingeriu o peixe com Priscyla, que sentiu dores fortes e, enquanto sua irmã a ajudava, também passou a sentir os sintomas. As duas foram hospitalizadas, e Flávia logo pode voltar para casa; Priscyla, no entanto, precisou ir para a UTI, de onde não conseguiu sair viva.

Felizmente, a doença é rara. Pernambuco detectou, desde 2017, apenas quinze casos da Síndrome de Haff. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informa que, além dos casos das duas irmãs, estão em investigação outros três casos no estado neste momento.

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