Sempre interessado em assuntos a respeito do futuro da humanidade, Bill Gates decidiu abordar em um novo livro a gravidade das mudanças climáticas em nosso planeta. “Como evitar um desastre climático: As soluções que temos e as inovações necessárias” foi lançado nos Estados Unidos em fevereiro deste ano e chegou ao Brasil nesta semana.

A Amazon foi a primeira companhia a receber o exemplar, que já possui 89% de aprovação pelos usuários do Google. Na obra, o empresário diz que o grande desafio será reduzir as emissões de gases poluentes, de 51 bilhões de toneladas anuais para zero, até o ano de 2050.

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Afastado da Microsoft, o magnata, que há cinco anos já havia previsto uma possível pandemia, assumiu um papel de protagonismo no combate à covid-19 usando sua relevância e imagem para falar sobre cuidados, projeções e soluções. Em uma entrevista à BBC, Gates chegou a comparar o coronavírus com o aquecimento global dizendo que a situação climática será tão mortal quanto a doença, mas que acredita ser possível uma mudança.

Intervenção governamental para estimular a inovação em um nível jamais visto é um dos outros caminhos para evitar o colapso climático. Gates afirma ainda que apenas a adoção de energia solar e eólica em larga escala, e zerar as emissões de carros substituindo os combustíveis fósseis por eletricidade não representem 30% de todas as emissões, o que sugere que o planeta precisa de bem mais ações do que essas.

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De acordo com o fundador da Microsoft, é preciso descarbonizar outros setores da economia global, como o sistema de transporte, produção de fertilizantes, fabricação de aço, entre muitos outros. E nesse sentido, o papel do governo é fomentar novas tecnologias capazes de substituir os velhos métodos produtivos que poluem, e muito, o ambiente.

Capa livro Bill Gates Imagem: Olhar Digital

E isso pode ser feito oferecendo acordos e alternativas para as empresas, como benefícios fiscais a empresas que busquem a inovação em áreas ainda incipientes. Mais investimentos em startups que testam tecnologias para retirar o gás carbônico do ar ou ainda empresas que criam combustível para aeronaves feito a partir de plantas.

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O autor ainda ressalta que, todas as tecnologias criadas em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, precisam baratear custos, para que países ainda em desenvolvimento, como Brasil e Índia, consigam adotar as medidas.

Como filantropo e investidor que é, Gates possui um fundo de investimentos voltado para soluções climáticas, o Breakthrough Energy Ventures (BEV). Em entrevista ao “Bussiner Inside” ele afirmou que a conta é para incentivar investidores: “O BEV tem ajudado a criar um ecossistema de investimento em soluções verdes.”

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Através do BEV, Gates aplicou em startups que desenvolvem soluções verdes. A primeira captação foi de US$ 1 bilhão e foi dedicada a empresas com soluções para armazenamento e produção de alimentos sustentáveis. Em janeiro deste ano, o americano também anunciou mais uma captação, dessa vez de mais um US$ 1 bilhão, que será destinado de 40 a 50 startups com foco em áreas de difícil descarbonização, como empresas de cimento e transporte aéreo.

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