Siga o Olhar Digital no Google Discover
Um relatório da empresa de segurança SpyCloud, que analisou bilhões de dados oriundos de vazamentos na Internet, descobriu que apesar de repetidos avisos dos especialistas, senhas fracas e o reuso delas em múltiplos serviços ainda são comuns.
Para produzir o 2021 Annual Credential Exposure Report, a SpyCloud analisou cerca de 1,5 bilhão de credenciais e bilhões de informações pessoais encontrados durante os esforços da empresa para recuperar dados roubados por criminosos antes que se espalhassem.
Segundo a empresa houve em 2020 cerca de 850 incidentes de vazamento de senhas e dados, um terço a mais do que em 2020, cada um expondo em média 5,4 milhões de registros. Entre os usuários que tiveram mais de uma senha exposta no ano passado, mais de 60% deles as reutilizaram em múltiplas contas.

Entre os 270 mil endereços de domínios associados ao governo dos EUA (.gov) o reuso de senhas foi ainda maior, 87%. Mais de 2 milhões de senhas continham o número 2020, e outras 200 mil tinham termos relacionados à Covid-19, como “corona” e “pandemic”.
Como de costume, a senha mais comum foi “123456”, seguida por “123456789” e “12345678”. “Password” (senha) e “111111” também apareceram mais e 1,2 milhão de vezes entre os dados
A SpyCloud afirma que as empresas e organizações têm uma parcela de culpa nos vazamentos, já que 32% das senhas vazadas estavam criptografadas com o algoritmo MD5, e 22% com o SHA1. Ambos são demonstradamente fracos contra ataques de “força bruta”, que atualmente são capazes de quebrar a criptografia em poucos minutos.
Vazamento no Brasil
Em fevereiro o dfdr lab, da empresa de cibersegurança PSafe, relatou o vazamento de um banco de dados com registros de mais de 100 milhões de contas de celular. A equipe encontrou o banco na deep web. Segundo o cibercriminoso que se diz responsável, ele contém dados extraídos de bases das operadoras Vivo e Claro.
De acordo com as informações reveladas, o banco de dados contém informações como número de celular, nome completo do assinante da linha e endereço de usuários. Seriam 57,2 milhões de registros de usuários da Vivo e 45,6 milhões da Claro. Entre eles, celebridades como William Bonner e Fátima Bernardes, e o próprio Presidente da República, Jair Bolsonaro.
Fonte: Infosecurity Magazine