O reconhecimento facial é usado cada vez mais em investigações policiais, e foi com o auxílio dessa tecnologia que o FBI conseguiu rastrear e prender um suspeito de participar dos ataques ao Capitólio dos Estados Unidos, no início de 2021. Diferente de outros casos, os agentes usaram o software não apenas para confirmar a identidade do indivíduo, mas sim para descobrir as primeiras informações sobre ele.
De acordo com o jornal Huffington Post, o FBI rastreou Stephen Chase Randolph usando imagens de crowdsourcing do tumulto e fotos compartilhadas no Twitter por um grupo conhecido como “SeditionHunters” (“Caçadores de sedicionistas”, em tradução livre).
Com uma ferramenta de reconhecimento facial, os federais estadunidenses encontraram uma conta no Instagram que, aparentemente, pertencia à namorada do suspeito.
Randolph aparecia em algumas fotos do perfil com a mesma roupa usada nas imagens capturadas no Capitólio. Entre as peças estava uma touca de malha cinza com o logotipo da Carhartt. Este item foi fundamental para rastrear suas atividades durante a invasão da sede do Congresso nos Estados Unidos.
“No processo de empurrar as barricadas, o suspeito e outros manifestantes derrubaram um oficial do USCP […] fazendo com que [sua] cabeça batesse nas escadas atrás dela, resultando em perda de consciência”, disse o relatório do departamento.
“O suspeito então continuou a agredir outros dois oficiais do USCP empurrando e agarrando os oficiais e interferindo em suas funções de proteger as áreas fechadas e restritas do Capitólio dos EUA.”, finalizou.
Na sequência da investigação, os agentes federais encontraram contas no Facebook de membros da família de Randolph e descobriram seu nome completo. A unidade decidiu cruzar a identidade do suspeito com os registros de sua carteira de motorista e passaram a vigiá-lo em sua casa e no trabalho. Randolph, inclusive, foi avistado com a mesma touca da Carhartt.
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Por fim, para confirmar de vez a participação do rapaz no ataque ao Capitólio, dois agentes disfarçados do FBI o abordaram no trabalho. Durante a conversa, Randolph revelou que participou da invasão ao Capitólio e que se divertiu durante o ato. Ele foi preso uma semana após a conversa.
Este caso é um exemplo perfeito de como o FBI passou a usar a tecnologia do reconhecimento facial para rastrear participantes do ataque ao Congresso estadunidense no dia 6 de janeiro.
Fonte: Huffington Post
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