Com a transformação digital em ritmo acelerado, surge a necessidade de diferentes investimentos, adequações de orçamentos e novas perspectivas do setor de TI

Falar sobre segurança corporativa muitas vezes gera uma certa apreensão em gestores. É preciso pensar sobre o orçamento disponível para esse tipo de investimento, avaliar as necessidades da equipe de TI e ter em mente o avanço iminente das ameaças cibernéticas pelo ambiente digital.

No entanto, contar com soluções robustas de segurança é um recurso muito importante para o desempenho dos negócios, seja para facilitar o trabalho dos times ou para melhorar a proteção dos dispositivos frente ao crescente número de ameaças cibernéticas, conforme indicou um relatório feito pela Interpol no ano passado.

Segundo o relatório, foram mais de 900 mil spams, 737 incidentes de malware e 48 mil links redirecionando para sites perigosos que utilizavam o tema do coronavírus entre os meses de janeiro a abril de 2020 em todo o mundo. Grande parte desses ataques tiveram empresas como alvo, o que acabou ligando um alerta em muitas corporações. Ainda nos meses finais de 2020, li em uma reportagem a respeito de uma pesquisa feita pela agência de consultoria PwC.

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Nessa pesquisa, mais de 3 mil executivos em 44 países -109 deles no Brasil- foram ouvidos. O resultado apontou que 96% dos entrevistados já entendiam a necessidade de aprimorar estratégias de segurança corporativa para lidar com o aumento nos ciberataques por conta da crise. Mas não basta apenas o entendimento. Embora esse ponto tenha sido reconhecido, existe um segundo passo tão fundamental quanto a visão do problema: o orçamento das empresas.

Com a pandemia, de certa forma, todos nós passamos mais tempo dentro de casa. E para que isso pudesse acontecer, foi preciso reorganizar rotinas e ampliar a usabilidade de recursos que tornassem o home office mais acessível, eficiente e seguro. Entretanto, esse investimento, em muitos casos, não havia sido planejado, fazendo com que medidas emergenciais fossem tomadas, na tentativa de conter as principais ameaças e ataques e melhorar a segurança dos colaboradores sem gerar grandes “danos” financeiros.

O que precisa estar claro, agora, é que nós, que estamos à frente das empresas, temos de recalcular esses investimentos. Se observarmos um pouco mais a fundo a pesquisa da PwC, podemos identificar que 55% dos executivos garantiram que o orçamento das suas corporações para soluções de segurança seria ampliado neste ano. Além disso, existe, também, a intenção de formar uma equipe fixa para cuidar exclusivamente do assunto dentro das empresas.

Só essa informação já é algo a se comemorar. Isso porque pensar a segurança corporativa auxilia não apenas na proteção de dados das empresas, mas ajuda a manter o ambiente digital mais seguro para todos. É uma engrenagem: se a sua empresa estiver segura, seus clientes poderão contar com um local seguro também. E os clientes dos seus clientes, consequentemente, irão seguir essa corrente.

Dispositivos mais seguros permitem a realização de um trabalho mais eficiente, sem interferências de ameaças que costumam assombrar as corporações. Essa segurança acaba por tornar o dia a dia mais prático, ágil e com mais tempo para o desempenho de atividades que, por vezes, precisam ficar em segundo plano devido às demandas de solução de problemas que as equipes de TI precisam enfrentar. E é por isso que acredito que um trabalho eficiente passa, também, pelo bom gerenciamento e realização de atividades. É preciso acreditar que a internet pode, sim, ser um lugar cada vez mais seguro e prático para todos. #EnjoySaferTechnology.

Carlos Baleeiro é Country Manager da ESET no Brasil