Talvez fosse mais chamativo um texto celebrando um aniversário redondo, mas para um personagem desengonçado como Pateta, cai bem lembrar seus 89 anos de existência, completados neste 25 de maio de 2021. Sem muito alarde, o cachorro atrapalhado segue como uma das mais longevas e populares criação dos estúdios Walt Disney. 

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Não raro citado como de autoria do próprio Walt Disney (1901 – 1966), a exemplo de tantos outros personagens relacionados, Pateta foi uma criação coletiva. O principal creditado é Art Babbitt (1907 – 1992), um dos grandes animadores do estúdio, com passagens em obras como ‘Branca de Neve e os Sete Anões’, ‘Pinóquio’ e ‘Fantasia’.

Em sua primeira aparição, Pateta tinha outro nome e aspecto envelhecido.
Reconhecível, mas diferente, Pateta apareceu pela primeira vez como coadjuvante em curta-metragem do Mickey. Crédito: Disney/Divulgação

Enquanto Babbitt foi responsável pela concepção original, o design veio de outro artista da casa, Frank Webb. Não menos importante foi o trabalho de dublagem de Pinto Colvig (1892 – 1967), que deu ao Pateta sua característica risada.

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E se estamos falando sobre os primórdios do Pateta, vale reforçar que em sua primeira aparição, no curta animado ‘Mickey’s Revue’, lançado em 25 de maio de 1932, o personagem não era exatamente como o conhecemos hoje. Espécie de figurante de luxo na animação, esse proto-Pateta é um espectador que acompanha às gargalhadas um concerto regido por Mickey. Está tudo lá: a voz que conhecemos, o jeitão atrapalhado e um visual muito próximo do que temos hoje, porém um tanto mais envelhecido.

Esse Pateta ancestral nem mesmo tinha esse nome: era chamado Dippy Dawg. Somente após algumas mudanças no design, no decorrer de outras aparições, que o personagem foi batizado de Pateta (Goofy, no original), em 1939. É deste ano também a primeira aparição solo em um curta, na animação ‘Goofy and Wilbur’.

Pai de si mesmo

O visual mais envelhecido do Pateta original foi deixado de lado, mas não necessariamente esquecido. Com a sua popularização, o personagem deixou de ser um coadjuvante em aventuras de Mickey e de Donald foi ganhando um universo próprio, incluindo familiares.

E o design de Dippy Dawg foi reaproveitado posteriormente para o pai de Pateta, Amos Goofy. Desenhos animados e histórias em quadrinhos a partir do fim dos anos 1950 já fazem menção ao pai de Pateta, que só apareceu oficialmente décadas depois, na animação ‘Point do Mickey’, dos anos 2000.

Apresentado nos anos 2000, pai do Pateta tem o mesmo visual do filho em sua primeira aparição.
Visual original do Pateta foi reaproveitado posteriormente como sendo o do pai do personagem. Crédito: Disney/Divulgação

Onde ver Pateta

Parte considerável da vida e obra de Pateta no audiovisual está disponível no Disney+. Confira algumas das produções:

  • ‘Pateta: O Filme’: No longa-metragem, Pateta tenta estreitar sua relação com Max, seu filho adolescente, em uma viagem de carro pelo país.
  • ‘Pateta 2: Radicalmente Pateta’: Na continuação, Pateta tenta se aproximar de Max, agora um universitário, voltando a frequentar a faculdade para estar perto do filho.
  • ‘A Turma do Pateta’: A série de animação que fez sucesso no Brasil nos anos 1990 acompanha Pateta como pai solteiro vivendo com seu filho Max. Os dois acabam morando ao lado de um velho conhecido de Pateta: João Bafo-de-Onça.

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