Após quase 60 anos do fim dos testes nucleares britânicos no território da Austrália, partículas radioativas de plutônio e urânio ainda contaminam a paisagem da região de Maralinga, no sul do país. Denominadas como “partículas quentes”, elas têm um grau de estabilidade menor do que o esperado.

Uma nova pesquisa demonstra que essas partículas podem estar liberando pequenos pedaços de plutônio e urânio, ambos radioativos, que podem ser transportados pelo vento e pela água. Com isso, é possível que esse material seja inalado ou ingerido por humanos e animais selvagens ou absorvidos por plantas.

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A Grã-Bretanha realizou 12 detonações de grande escala em território australiano entre 1952 e 1963, sendo a maior parte delas no sul.

Além das detonações nucleares em grande escala, os britânicos realizaram mais de uma centena de explosões menores para testar a segurança e o desempenho das armas nucleares e alguns de seus componentes.

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Os testes espalharam pelo menos 22 quilos de plutônio e mais 40 quilos de urânio pela paisagem árida da região, o que resultou na contaminação de longa duração do meio ambiente.

O plutônio usado nos testes nucleares britânicos tem uma meia-vida de assustadores 24.100 anos. Ou seja, até o ano de 26 mil e 63 ainda vai haver material radioativo equivalente a quase duas bombas de Nagasaki espalhado por lá. A radiação alfa emitida pode danificar o DNA caso entre no corpo através da ingestão de alimentos, de líquidos ou mesmo da respiração.

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