A Electric Sea Racing Limited (E1 Series) e o Fundo de Investimento Público (PIF) anunciaram parceria para criar o primeiro campeonato de lanchas elétricas do mundo. A ação representa um passo significativo no desenvolvimento a longo prazo do torneio, que está programado para ocorrer no início de 2023.
As partes fizeram o comunicado no mesmo dia do lançamento do novo design da lancha elétrica RaceBird, por ocasião do Dia Mundial dos Oceanos, celebrado no último dia 8 de junho. Confira a reestilização do veículo abaixo:
A E1 é, de modo prático, a “versão do mar” da Formula E e da Extreme E. O campeonato mundial de lanchas deve ocorrer na Arábia Saudita, de acordo com comunicado oficial à imprensa, mas a informação ainda não foi confirmada. De qualquer forma, a criação de um torneio para barcos a motor elétrico é parte do investimento da PIF na organização anunciada no início deste ano, que se concentra em 13 setores estratégicos principais, incluindo esportes, entretenimento e energia renovável.
Isso inclui, de 2021 a 2025, grandes investimentos em empresas de energia renovável, como ACWA Power e o projeto Sudair Solar Energy, bem como no desenvolvimento de veículos elétricos por meio do investimento na Lucid Motors. “Conseguir o apoio do PIF nesta primeira fase de desenvolvimento ressalta a importância de nossa missão de eletrificar a mobilidade marítima”, afirmou Alejandro Agag, cofundador e presidente da E1.
Racebird quer ser a melhor das lanchas elétricas
O RaceBird tem um design completamente novo e foi cocriado por Sophi Horne (fundadora da SeaBird Technologies) e Brunello Acampora (fundador e CEO da Victory Marine), parceiros da E1, após um extenso processo de validação. De acordo com eles, a embarcação é “inspirada na natureza e nos pássaros voando baixo sobre a água”.
“Com o novo design da embarcação RaceBird que vocês veem hoje, esperamos acelerar as mudanças na indústria marítima e oferecer soluções sustentáveis para as futuras embarcações de lazer. A nova lancha elétrica que Sophi e Brunello projetaram parece uma nave espacial. Anteriormente comparei os carros de corrida elétricos com os podracers de Guerra nas Estrelas, mas a RaceBird parece ainda mais futurista”, brinca Agag. “Em colaboração com o PIF, estou ansioso para inaugurar uma nova era nas corridas de lanchas elétricas”.
O RaceBird possui um motor de popa, capota de segurança fechada e tecnologia de hidrofólio. Aliás, com a tecnologia inovadora de hidrofólio, o barco a motor elétrico consegue subir muito acima da superfície da água, permitindo um arrasto mínimo e máxima eficiência energética.
E este detalhe foi pensado justamente no quesito competitivo. Ser levantado acima das ondas não só melhora o desempenho da lancha elétrica, mas também promove uma corrida disputada e competitiva com uma esteira reduzida ao seguir um oponente.
“Eles conseguiram desenvolver uma lancha inovadora com um design atraente e baseada em soluções práticas prontas para competir. Em breve, também anunciaremos nossos parceiros de trem de força e eletrônicos; estamos dentro do cronograma para entrar na água em breve”, contou Rodi Basso, cofundador e CEO da E1.
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O RaceBird é especialmente projetado para regatas e é capaz de atingir velocidades de até 50 nós (93 km/h ou 58 mph), com os pilotos demonstrando suas habilidades em circuitos estreitos e técnicos localizados perto da costa, no coração de áreas urbanas.
Com o projeto agora validado, o RaceBird entrou na fase de produção com os engenheiros especialistas da Victory Marine concentrando os esforços e recursos nos próximos meses na fabricação de uma frota completa de lanchas elétricas prontas para competições.
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