De acordo com um estudo publicado na Scientific Reports, na época da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, especificamente na final entre Alemanha e Argentina, a taxa de internações por ataques cardíacos, bem como a mortalidade devido ao problema, foi consideravelmente mais alta em comparação com o mesmo período – 12 de junho a 13 de julho – dos anos anteriores e subsequentes (2013 e 2015).

Karsten Keller, autora do estudo, e sua equipe analisaram os números de ataques cardíacos – ou infarto do miocárdio (MI) – em quatro períodos: durante a Copa do Mundo, de 12 de junho a 13 de julho de 2014, e durante os três mesmos períodos sem grandes eventos de futebol nos anos de 2013, 2015 e, ainda em 2014, pouco depois do final da Copa do Mundo.

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Time da Alemanha na final da Copa do Mundo de 2014. Imagem: AGIF/Shutterstock

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Resultados

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Não foi detectada diferenças no número total de pacientes que sofreram ou morreram por infarto nos meses de junho e julho de 2011 a 2015, exceto pelo mesmo período de 2014. De acordo com os dados, houve 18.479 internações por infarto do miocárdio na Alemanha durante a Copa de 2014, um número 3,7% maior do que durante o mesmo período em 2015, com 17.794 internações. Um aumento na taxa de mortalidade também foi observada, subindo de 7,9% para 12% no último dia de jogo.

Em relação a 2013, os números foram 2,1% maiores (18.089 internações) e 5,4% superiores ao período pós-Copa (14 de julho a 14 de agosto), que registrou 17.482 internações. Características como fatores de risco cardiovascular ou comorbidades não foram notadas entre os pacientes.

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O estudo concluiu que os jogos de forma geral que envolveram o time da Alemanha na Copa do Mundo de 2014 não afetaram as taxas de internações e mortalidade durante todo o campeonato, somente a final, que terminou 1 a 0 na prorrogação.

Para os pesquisadores, a descoberta sugere que o estresse causado por grandes eventos esportivos pode afetar as pessoas muito mais do que elas imaginam, levando-as ao infarto. O grupo acredita que o estudo pode ser uma ferramenta para planejar maneiras de alertar e capacitar hospitais e profissionais da saúde em épocas com eventos que podem gerar grandes emoções como excitação, estresse e raiva.

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