A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não autorizou o uso emergencial do antiviral Avifavir no tratamento contra a Covid-19. De acordo com a instituição, o medicamento não trouxe benéficos no combate à doença. A decisão foi tomada nesta terça-feira (22), em reunião da diretoria colegiada.

“A agência deve usar de todas as vias possíveis para fazer com que novos tratamentos estejam disponíveis para os pacientes o mais rápido possível. Entretanto, não se pode autorizar o uso de um medicamento que não demonstrou benefício clínico no tratamento da Covid-19 e ainda pode resultar em riscos à saúde dos pacientes”, argumentou a diretora Meiruze Freitas.

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No Brasil, o Avifavir é representado pelo Instituto Vital Brazil e a fabricação fica a cargo das empresas russas API. Por outro lado, falta o registro, por parte da Anvisa, do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) necessário para a produção.

A atuação é bem parecida com a do rendesivir, ou seja, inibe a enzima polimerase, que ajuda o vírus a se reproduzir após infectar a célula. Esse antiviral foi desenvolvido para o combate ao ebola e aprovado pela Anvisa no tratamento da Covid-19.

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Além disso, a agência já autorizou o uso emergencial dos anticorpos monoclonais casirivimabe com imdevimabe e banlanivimabe com etesevimabe.  

A Rússia já aprovou o uso emergencial contra a Covid-19 em junho e anunciou acordos de venda com 17 países no ano passado, incluindo o Brasil. Na lista, haviam países da América do Sul: Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai. Além deles, há também África do Sul, Arábia Saudita, Bulgária, Emirados Árabes, Eslováquia, El Salvador, Honduras, Kuwait, Panamá e Sérvia.

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Fonte: O Globo

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