Quase 50 anos depois que o físico britânico Stephen Hawking afirmou que o horizonte de eventos, que é a fronteira a partir da qual nada consegue escapar da fúria de um buraco negro, nunca encolhe com o passar do tempo, cientistas americanos confirmaram que ele estava certo. A descoberta foi feita ao observar o “eco” criado pela fusão de dois buracos negros, como é mostrado nessa simulação.
Segundo o estudo publicado esta semana, buracos negros não só sugam energia, como também emitem, o que explicaria a ideia de que as bordas nunca encolhem.
Esse sinal foi produzido por dois buracos negros que se chocaram e fizeram surgir um novo, junto com uma grande quantidade de energia que se espalhou pelo tecido do espaço-tempo na forma de ondas gravitacionais. Ao analisar os aspectos dessas ondas, como comprimento e intensidade, é possível entender melhor o objeto que as criou.
Para confirmar o teorema de Hawking, o horizonte de eventos desse novo buraco negro não poderia ser menor do que a área total da borda dos dois buracos negros anteriores.
Antes, as bordas dos dois buracos negros somavam em torno de 235 mil quilômetros quadrados. Depois da fusão, a área ficou em cerca de 367 mil quilômetros quadrados.
Esta é a primeira vez que uma observação direta confirma o teorema da área de Hawking, que já havia sido provado matematicamente, mas nunca observado na natureza. Os cientistas alertam, porém, que, como todas as regras, até mesmo essa lei pode ter exceções.
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