Água salgada demais: novos estudos sobre Marte diminuem as chances da existência de vida no planeta

Por Eduardo Sorrentino, editado por Elias Silva 16/07/2021 22h40, atualizada em 16/07/2021 22h44
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Um novo estudo sugere que a imagem da capa de gelo que cobre o polo sul de Marte, não esconde lagos de água líquida em condições potencialmente habitáveis.

Cientistas apontam que isso exigiria um aquecimento geotérmico contínuo, capaz de manter a água em condições subglaciais.

Além disso, seria necessário existir um reservatório de magma subterrâneo para manter toda a área aquecida, mas não foi detectada atividade vulcânica no planeta.

Vale lembrar que a possibilidade de encontrar lagos em Marte foi levantada pela primeira vez em 2018, quando a Mars Express explorou a calota polar sul do planeta. Na época, o orbitador detectou uma série de pontos brilhantes, sugerindo a presença de um grande corpo de água líquida de cerca de 20 km abaixo de uma camada de 1 quilômetro e meio de gelo.

Uma das explicações possíveis é que minerais congelados podem gerar reflexos brilhantes no radar, e levar a conclusões erradas.

Ainda faltam evidências de cenários plausíveis para encontrar água líquida no polo sul de Marte, mas os pesquisadores sugerem que se os lagos existissem, eles seriam provavelmente extremamente frios e compostos por 50% de sal, condições nas quais nenhum organismo conhecido poderia sobreviver.

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Redator(a)

Eduardo Sorrentino é redator(a) no Olhar Digital

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Elias Silva é redator(a) no Olhar Digital