Capacete magnético reduz em 31% tumor cerebral e pode ser o primeiro tratamento não invasivo do mundo

Por Tamires Ferreira, editado por Lyncon Pradella 27/07/2021 13h58
Imagem 3D homem com tumor cerebral
Shutterstock
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Uma experiência inovadora feita com um capacete magnético por investigadores do Kenneth R. Peak Center for Brain and Pituitary Tumor Treatment, do Instituto Neurológico Metodista de Houston, demonstrou sucesso ao conseguir reduzir 31% de um tumor cerebral geralmente fatal em um paciente de 53 anos.

A redução é considerada pequena, mas para os pesquisadores os resultados trazem luz a novas alternativas não invasivas para o tratamento do tipo de câncer cerebral, já que o paciente usou o capacete por apenas cinco semanas. Este resultado é considerado um tempo curto se comparado ao que proporcionou. No início, o uso era de apenas duas horas por dia e foi aumentando progressivamente até no máximo seis horas diárias.

Capacete magnético. Imagem: Frontiers of Oncology

“Os resultados abrem caminho a um novo mundo de terapias não invasivas e não tóxicas, com muitas possibilidades excitantes para o futuro”, disse David S. Baskin, um dos autores da investigação publicada no Frontiers of Oncology. “Graças à coragem deste paciente e da sua família, fomos capazes de testar e verificar a potencial eficácia do primeiro tratamento não invasivo para glioblastomas do mundo.”

O capacete funciona com um processador e possui bateria recarregável. O equipamento gera um campo magnético direcionado ao tumor que, assim, consegue reduzir a massa tumoral sem maiores incisões ou complicações, como em cirurgias.

Evolução tratamento com capacete magnético. Imagem: Frontiers of Oncology

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O tumor, que tratava-se de um glioblastoma, é um dos piores e mais fatais dentro do grupo e, geralmente, confere aos pacientes uma média de dois anos de vida após seu aparecimento.

Segundo informações da Exame, o paciente já havia sido submetido a diversos tipos de tratamentos tradicionais e opcionais, como quimioterapia, excisão radical e terapias genéticas experimentais. Infelizmente, por causas não relacionadas aos experimentos, o homem veio a óbito e foi assim que a equipe pode constatar através de uma autópsia cerebral a redução do tumor.

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Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.