A vacina com RNA mensageiro (mRNA) se tornou muito popular após ser utilizada pela Pfizer-BioNTech no imunizante contra a Covid-19. No entanto, a tecnologia já está sendo estudada há anos por imunologistas.

As vacinas foram aplicadas pela primeira vez na versão de combate à Covid-19, mas testes anteriores esperavam que a tecnologia poderia ser útil no combate ao câncer.

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Vacinas de RNA mensageiro podem ser a chave na luta contra o câncer. Imagem: CROCOTHERY/Shutterstock

Em junho, o laboratório da BioNTech anunciou que estava realizando um estudo clínico da fase 2 e havia tratado um paciente com a vacina BNT111, criada para agir contra o câncer de pele, ensinando o sistema imunológico a atacar as células que produzem uma proteína da doença.

“Semelhante à forma como funciona uma vacina de mRNA contra SARS-CoV-2, um imunizante de RNA mensageiro contra o câncer treina o sistema imunológico para reconhecer uma determinada proteína na superfície das células cancerosas”, explica a professora da Escola de Engenharia Bioquímica na Universidade de Colúmbia Britânica, no Canadá, Anna Blakney.

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As vacinas de RNA mensageiro são estudadas desde 1990, segundo o imunologista francês e pesquisador da universidade de Zurich, Steve Pascolo.

O que é uma vacina de RNA mensageiro?

Em uma entrevista para a rádio França Internacional, o pesquisador Steve Pascolo explicou que o RNA mensageiro é uma cópia efêmera de um gene.

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“Imagine nosso DNA como um livro. Nossos 23 cromossomos são 23 livros com receitas sobre o funcionamento do organismo. Cada célula do nosso corpo copia essas receitas em função de suas necessidades. Essa cópia é o RNA mensageiro. Por exemplo, as células do pâncreas usam a receita da insulina”, disse Pascolo.

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“Em seguida, a célula interpreta essa cópia e cria uma proteína. O RNA desaparece em seguida. É justamente essa a vantagem da molécula para realizar terapias. Ela se degrada rapidamente e não pode modificar o genoma ou se integrar ao corpo”, completou.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo e chegou a matar 10 milhões de pessoas em 2020.

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