É comum que big techs paguem empresas de segurança que descobrem erros em seus sites e aplicativos. Mas dessa vez o Twitter vai recompensar pesquisadores que identificarem alguma forma de preconceito no algoritmo da rede social que recorta as imagens.

Isso foi detectado a primeira vez ano passado, quando internautas acusaram a plataforma excluir o rosto de pessoas negras no recorte. Enquanto brancos eram exibidos normalmente. Na época, o Twitter disse que não tinha nenhum tipo de programação para que o sistema agisse com preconceito e que iria verificar o que estava causando o problema.

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Após o episódio, o Twitter mudou um pouco as coisas e passou a exibir fotos quase completas em seu aplicativo para smartphones. No entanto, dependendo do tamanho da imagem, o algoritmo de recorte ainda age, exibindo apenas uma parte selecionada automaticamente da foto e exigindo que os usuários cliquem para ver o conteúdo completo.

Twitter e o preconceito no recorte

O algoritmo foi lançado em 2018. Na época o objetivo era testar exibir os trechos mais interessantes de uma imagem na pré-visualização da plataforma. Em abril, o Twitter disse que estudaria potenciais “danos não intencionais” causados pelo sistema.

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“Em maio, nós compartilhamos nossa abordagem para identificar vieses em nosso algoritmo de saliência (também conhecido como nosso algoritmo de recorte de imagem) e disponibilizamos nosso código para que outros reproduzam nosso trabalho,” disse o Twitter em uma postagem em seu blog falando sobre preconceito na plataforma.

“Queremos levar este trabalho um passo adiante, convidando e incentivando a comunidade a ajudar a identificar os danos potenciais desse algoritmo além do que nós mesmos identificamos,” completou. O prêmio oferecido é de até US$ 3.500 para quem conseguir identificar o problema no algoritmo.

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“Acreditamos que as pessoas devem ser recompensadas por identificar esses problemas e não podemos resolver esses desafios sozinhos,” disse Rumman Chowdhury, diretor da equipe de Ética, Transparência e Responsabilidade de Aprendizado de Máquina do Twitter sobre o estudo de um possível preconceito no recorte de imagens.

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