Na última segunda-feira (9), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, afirmou que está investigando um quarto caso de melioidose no país. A pessoa não identificada morreu na Geórgia, no mês passado, e se junta a outros três casos de infecção provocada pela bactéria potencialmente mortal e resistente a antibióticos, relatados no Kansas, Minnesota e Texas. Embora essa seja uma doença tropical – tipicamente encontrada no sul da Ásia – os familiares dos pacientes afirmam não ter viajado recentemente, o que tem preocupado os especialistas.

O primeiro recente registro de melioidose nos Estados Unidos ocorreu em março de 2021. O paciente não resistiu e morreu em decorrência da infecção, que afeta principalmente os pulmões. Outras duas pessoas contraíram a doença em maio, sendo que um recebeu alta médica e outro permanece hospitalizado. Agora, o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) investiga o quarto caso da perigosa infecção bacteriana, que fez mais uma vítima no sul do país.

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A bactéria que provoca a melioidose é resistente a maioria dos antibióticos, o que dificulta o tratamento da doença. Especialistas afirmam, porém, que se a infecção for descoberta no início, ela pode ser tratada. Crédito: Panchenko Vladimir/Shutterstock

De acordo com a Medical Xpress, a melioidose é causada pela Burkholderia pseudomallei, uma superbactéria que se reproduz no solo e na água. Desse modo, o contágio acontece exclusivamente através do contato da pessoa com o ambiente infectado, já que a doença não é transmitida de pessoa para pessoa por via aérea ou por gotículas respiratórias em ambientes não laboratoriais.

Cidadãos norte-americanos que contraíram melioidose no passado, normalmente se infectaram em um país tropical, uma vez que o clima quente e úmido é propício para a reprodução da bactéria. No entanto, nenhum dos recentes casos da Geórgia, Kansas, Minnesota ou Texas viajaram internacionalmente, confundindo as autoridades de saúde.

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Além disso, embora as infecções tenham sido encontradas em estados diferentes e em momentos também distintos, o CDC afirmou que as análises de laboratório mostraram que os casos estão intimamente relacionadas. A suspeita da agência é de que o foco da doença possa estar no meio ambiente da região sul dos Estados Unidos.

O grande problema, relatado pelas autoridades, é que ainda não existe uma vacina para essa bactéria e ela é naturalmente resistente a muitos antibióticos comumente usados, como penicilina, ampicilina, cefalosporinas, gentamicina, tobramicina e estreptomicina. Os especialistas afirmam, contudo, que apesar da letalidade, a infecção pode ser tratada se detectada precocemente. Por isso a urgência na conclusão das investigações.

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