Cientistas conseguem atingir “ignição de fusão nuclear” em laboratório

Por Eduardo Sorrentino, editado por Elias Silva 18/08/2021 23h08, atualizada em 18/08/2021 23h09
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Cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos Estados Unidos, afirmam ter atingido o ponto de “ignição de fusão nuclear” em testes de ambiente controlado, estabelecendo um novo limite energético e recriando temperaturas extremas, encontradas naturalmente apenas em estrelas como o Sol.

A “ignição” é o ponto energético onde uma fusão nuclear se torna auto suficiente. Em outras palavras, a reação energética não precisa de estímulos externos para se manter firme e produzir mais energia do que o necessário. É o que acontece normalmente nas estrelas, mas é algo bem difícil de ser reproduzido em laboratório.

O estudo americano foi o primeiro na história a chegar a um volume de produção energética muito maior do que qualquer outra situação experimentada, mesmo sendo um experimento da Física e não tenha o objetivo de produzir energia para ser explorada comercialmente.

A ignição da fusão nuclear é um dos maiores objetivos dos especialistas em Física, e nos coloca mais perto de fontes de energia que não são apenas mais limpas, como também têm potencial para serem inesgotáveis.

O desafio é criar um gerador que produza mais energia do que foi utilizada para dar “partida” no sistema.

O estudo também permite recriar as condições de alguns dos estados mais extremos do universo, como os minutos que vieram logo após o Big Bang. A fusão controlada em laboratório é um dos desafios que definem a ciência na era atual, e a conquista significa um passo bem amplo à frente.

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Redator(a)

Eduardo Sorrentino é redator(a) no Olhar Digital

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Elias Silva é redator(a) no Olhar Digital