O prêmio Emmy de documentário interativo foi concedido a produção “In Event of Moon Disaster”. O projeto usa tecnologia ‘deepfake’ para criar um discurso falso do ex-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon.

Nessa fala criada em computador, o então presidente Nixon lamentava a morte dos astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin na tentativa de pousar na lua com a missão Apollo 11, em 1969.

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Os artistas de mídia do Massachusetts Institute of Technology se uniram a duas empresas de inteligência artificial para criar esse deepfake póstumo.

Eles usaram um discurso que foi escrito de verdade, para o caso da missão não ter dado certo. Daí saiu o nome do documentário, “No caso de um desastre na Lua”. O texto, claro, nunca foi lido. Mas ele terminava dizendo: “Todo ser humano que olhar para a lua nas noites que virão saberá que existe um canto de outro mundo que é para sempre a humanidade”.

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Os “Deepfakes” são uma classe de mídia sintética gerada por inteligência artificial. Além de videos, essa tecnologia também foi adaptada para criar falsificações de áudio. Muitas dessas técnicas existem puramente como pesquisa básica, embora a mídia sintetizada por IA esteja evoluindo rapidamente para usos comerciais, incluindo produções de filmes em Hollywood e até mesmo para pacientes com câncer que perderam a capacidade de falar.

O processo de criação desse discurso de Nixon levou mais de seis meses.
O áudio é o resultado do processamento da fala de um ator, e para a imagem foram usadas gravações das muitas aparições de Nixon na televisão na Casa Branca.

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A arrepiante realidade alternativa fictícia chama a atenção para o futuro da desinformação online, como os deepfakes podem afetar nossa história compartilhada e até criar experiências futuras.

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