A engenheira americana Frances Hauten é a autora de muitas denúncias contra o Facebook, e resolveu sair do anonimato com uma entrevista ao programa 60 minutos.
Frances trabalhou na empresa de 2019 a maio deste ano como gerente de produto, e guardou diversos documentos internos da empresa. Ela disse que já atuou em outras redes sociais, mas que tudo que acompanhou no Facebook foi muito pior.
Ela afirmou que o Facebook, repetidamente, mostrou que prefere o lucro à segurança.
A ex-funcionária também relatou que a empresa sabia que os algoritmos favoreciam postagens com conteúdo extremista e fake news, mas não conseguiu implantar medidas de combate. Segundo ela, isso causaria prejuízos financeiros, já que as pessoas iriam passar menos tempo no site, com menos cliques em anúncios.
Haugen ainda disse que a falta de combate a esse tipo de conteúdo pode ter sido um fator que favoreceu a invasão ao Capitólio, no dia 6 de janeiro, bem como o aumento da desinformação durante as eleições de 2020, quando Joe Biden se tornou presidente dos Estados Unidos.
Após a divulgação dos conteúdos, ela denunciou o Facebook na Securities and Exchange Commission, um órgão federal dos Estados Unidos que é responsável pela regulamentação dos mercados financeiros. De acordo com a denunciante, o Facebook toma medidas internas que não condizem com o que é divulgado na mídia.
Também foram realizadas conversas a fim de esclarecer as denúncias com legisladores da França e Grã-Bretanha.
Um porta-voz do Facebook afirmou que as denúncias não consideram os investimentos da empresa na segurança das plataformas. Além disso, a companhia estaria disposta a responder a todos os questionamentos dos órgãos reguladores.
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