A empresa de transporte aéreo Electra (ou Electra.aero) anunciou a recepção de investimentos num total de US$ 500 milhões para a fabricação de uma frota de “táxis aéreos” híbridos. As novas aeronaves de eSTOL (Electric ultra-Short Take-Off and Landing) receberam encomendas de 30 unidades pela brasileira Flapper, 100 unidades pela australiana Skyportz e 50 unidades pela britânica Bristow Group.

Para quem está estranhando a nova sigla (traduzida para “decolagem e aterrissagem ultra-curta”) uma aeronave em eSTOL ainda precisa rodar um pequeno trecho em solo antes de alçar voo. Enquanto isso, os eVTOLs decolam e aterrissam diretamente na vertical.

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No caso da Electra.aero, a fabricante garantem que isso não é desvantagem. Segundo a montadora, as aeronaves são capazes de decolar em qualquer pista de 100 pés (aproximadamente 30 metros), com a previsão de instalação em coberturas de prédios e estacionamentos verticais.

Designado para voos mais distantes, os 8 rotores instalados nas asas erguem uma aeronave capaz de transportar sete passageiros, ou ainda, 800 kg de carga. A autonomia promete alcance de cerca de 800 km em todas as condições de clima, o que totaliza 2,5x mais capacidade de peso e 10x maior alcance.

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Na América Latina, aeronaves atenderão do Brasil até o México

Segundo a Flapper, o acordo de compra dos novos táxis aéreos da Electra servirá tanto para desobstrução do tráfego urbano quanto para oferecer viagens internacionais mais baratas na América Latina. Em nota, Paul Malicki, presidente da Flapper, estima que as novas aeronaves reduzam os custos operacionais em 40%, e abram novas rotas de voo.

“Com as aeronaves eSTOL da Electra, nós esperamos oferecer aos nossos clientes uma mobilidade aérea urbana e regional sem paralelos, em cidades como São Paulo, Bogotá, Santiago de Chile ou até Cidade do México — tudo por uma fração do preço de uma viagem de helicóptero.”

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As duas empresas estão trabalhando na elaboração de novas malhas aéreas e buscando parcerias com heliportos e outros espaços comerciais. Ainda não há previsão de data de instalação e operações da frota no Brasil.

Imagem: Divulgação/Electra

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