A liberdade de expressão une o trabalho dos jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov, vencedores do Nobel da Paz de 2021. A filipina e o russo enfrentam grandes dificuldades para manter a população informada, e os dois correm risco de vida pelo amor à profissão.

Maria Ressa, é fundadora e a atual diretora-executiva do Rappler, um site de notícias que sofre uma campanha de perseguição do governo das Filipinas. Ela já foi processada e também recebe ataques de aliados do governo, que até já acusaram de fazer parte de um grupo que planeja um golpe contra o presidente Rodrigo Duterte.

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Segundo a academia sueca, “Ressa usa a liberdade de expressão para expor o abuso de poder, o uso da violência e o crescente autoritarismo em seu país natal”.

Dmitry Muratov é um dos fundadores e editor-chefe do jornal russo Novaya Gazeta, que já teve seis jornalistas assassinados. Ele mesmo escreveu uma reportagem que conta que em 2012, o então procurador-geral da Rússia o levou para uma floresta perto de Moscou. Lá, ele ameaçou a vida do jornalista e, rindo, disse que seria ele mesmo quem iria investigar a morte.

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Um dos donos do periódico é o ex-líder soviético Mikhail Gorbachev, que usou o dinheiro do prêmio Nobel que ele mesmo venceu para fundar o jornal.

A academia sueca afirmou que o jornalismo baseado em fatos e a integridade profissional da ‘Novaya Gazeta’ a tornaram uma importante fonte de informações sobre aspectos censuráveis ​​da sociedade russa raramente mencionados por outros meios de comunicação.

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Os dois vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, cerca de 6 milhões e 300 mil reais.

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