Jornalista dirige carro elétrico Kia EV6 às cegas, usando apenas câmeras

Jornalista testa sistema de câmeras de carro em percurso fechado para descobrir se dá para dirigir apenas usando visores auxiliares
Por Gabriel D. Lourenço, editado por Fábio Marton 12/10/2021 18h33
Imagem mostra um homem de terno e gravata, com os olhos vendados e mãos esticadas, como se estivesse tentando navegar sem os olhos
Imagem: Ollyy/Shutterstock
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O jornalista John McCann, do TechRadar, conduziu um Kia EV6 — o último veículo elétrico da montadora sul-coreana — totalmente fechado na película preta, para descobrir: é possível dirigir um carro usando apenas as câmeras?

A pergunta tem cara de pegadinha, mas é séria. Com o avanço das tecnologias LiDAR e da instalação de câmeras auxiliares de direção nos lançamentos, alguns automóveis podem dar a sensação de contornar a baixa visibilidade no para-brisa, digamos, numa chuva à noite. O objetivo era comparar se a noção espacial das câmeras é tão boa (ou, no mínimo, pilotável) quanto a de quando estamos com os olhos na estrada.

O teste foi realizado num estacionamento fechado, com distribuição de cones para formar trajetos e obstáculos. O para-brisa não foi ofuscado completamente, com a película em vinil até chegando a oferecer “uma certa luz ambiente”, explica McCann.

Dirigindo com câmeras

Cautelosamente, McCann começou a dirigir o carro, vasculhando pelo painel de 12,6 polegadas entre os diferentes modos de visualização nas câmeras do Kia EV6. O motorista levou um tempo para se localizar até encontrar a posição em referência ao labirinto de cones.

“A primeira curva, uma conversão à esquerda relativamente gentil, passou facilmente, então o trajeto se afunilou para pouco mais do que a largura do EV6, e foi necessária uma precisão quase exata”, conta o jornalista.

McCann dirigiu até uma vaga de estacionamento, e conseguiu dar ré sem problemas, mas por uma distração, acertou um dos cones numa conversão à esquerda. “Fiquei um pouco desapontado”, conta o piloto, que após o deslize, se concentrou até o final do percurso.

Divertido, mas não seguro o suficiente

Ao final dos testes, McCann conclui que dá para dirigir um carro contando apenas com as câmeras de auxílio, mas que não recomendaria a ninguém. Para o jornalista, a circunstância está longe de ser considerada segura para se replicar no mundo real.

“Foi uma demonstração legal do quão longe a tecnologia já chegou até agora”, comenta. “O que isso demonstra são os tipos de dados acessíveis para nossos carros. Acrescente essas visões ao vivo aos vários outros sensores e radares encontrados nos EVs e você começa a entender como estamos cada vez mais perto da direção completamente autônoma.”

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Gabriel D. Lourenço é redator(a) no Olhar Digital

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Fábio Marton é redator(a) no Olhar Digital