O jornalista John McCann, do TechRadar, conduziu um Kia EV6 — o último veículo elétrico da montadora sul-coreana — totalmente fechado na película preta, para descobrir: é possível dirigir um carro usando apenas as câmeras?

A pergunta tem cara de pegadinha, mas é séria. Com o avanço das tecnologias LiDAR e da instalação de câmeras auxiliares de direção nos lançamentos, alguns automóveis podem dar a sensação de contornar a baixa visibilidade no para-brisa, digamos, numa chuva à noite. O objetivo era comparar se a noção espacial das câmeras é tão boa (ou, no mínimo, pilotável) quanto a de quando estamos com os olhos na estrada.

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O teste foi realizado num estacionamento fechado, com distribuição de cones para formar trajetos e obstáculos. O para-brisa não foi ofuscado completamente, com a película em vinil até chegando a oferecer “uma certa luz ambiente”, explica McCann.

Dirigindo com câmeras

Cautelosamente, McCann começou a dirigir o carro, vasculhando pelo painel de 12,6 polegadas entre os diferentes modos de visualização nas câmeras do Kia EV6. O motorista levou um tempo para se localizar até encontrar a posição em referência ao labirinto de cones.

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“A primeira curva, uma conversão à esquerda relativamente gentil, passou facilmente, então o trajeto se afunilou para pouco mais do que a largura do EV6, e foi necessária uma precisão quase exata”, conta o jornalista.

McCann dirigiu até uma vaga de estacionamento, e conseguiu dar ré sem problemas, mas por uma distração, acertou um dos cones numa conversão à esquerda. “Fiquei um pouco desapontado”, conta o piloto, que após o deslize, se concentrou até o final do percurso.

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Divertido, mas não seguro o suficiente

Ao final dos testes, McCann conclui que dá para dirigir um carro contando apenas com as câmeras de auxílio, mas que não recomendaria a ninguém. Para o jornalista, a circunstância está longe de ser considerada segura para se replicar no mundo real.

“Foi uma demonstração legal do quão longe a tecnologia já chegou até agora”, comenta. “O que isso demonstra são os tipos de dados acessíveis para nossos carros. Acrescente essas visões ao vivo aos vários outros sensores e radares encontrados nos EVs e você começa a entender como estamos cada vez mais perto da direção completamente autônoma.”

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