A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um novo vídeo de conscientização sobre o uso de combustíveis fósseis, em preparação para o painel de discussão organizado por ela sobre o aquecimento global, com início marcado para o próximo domingo (31).

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Apesar do tema ser mais sombrio, o vídeo é apresentado de forma leve, contando com a narração do ator Jack Black (Escola do Rock; Nacho Libre; King Kong, para citar alguns). Ainda assim, a mensagem traz importância: o uso contínuo de combustíveis fósseis está levando a humanidade à extinção.

No vídeo, Black interpreta um dinossauro, que fala em um púlpito como se fosse um palestrante da ONU. A ideia é oferecer o “testemunho” de uma espécie extinta há milhões de anos e que, portanto, tem lugar de fala no que tange a como “deixar de existir é algo ruim”.

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“Vocês estão a caminho de um desastre climático”, disse o personagem. “E mesmo assim, todo ano, governos gastam centenas de bilhões do dinheiro público em subsídios de combustíveis fósseis. Imagine se, na minha época, nós gastássemos milhões para subsidiar meteoros”.

O vídeo veio acompanhado de um novo relatório divulgado na manhã desta quarta-feira (27), onde a ONU cita pesquisa própria, que concluiu que os gastos governamentais com o financiamento de combustíveis fósseis é de aproximadamente US$ 423 bilhões (R$ 2,35 trilhões) – cerca de quatro vezes mais do que o volume gasto, por exemplo, com o auxílio ao combate ao aquecimento global em países mais pobres.

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O líder do Programa de Desenvolvimento da ONU, Achim Steiner, reconheceu que uma reforma no sistema de subsídios a combustíveis fósseis não seria a mais fácil das empreitadas e cada país precisaria de uma abordagem diferente:

“Mas nós também sabemos que temos que nos distanciar dessas fontes de energia que contribuem para o declínio do nosso planeta”, ele disse. “Acabar com o suporte financeiro a esses combustíveis de forma justa e igualitária será um elemento essencial a essa transição”.

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O secretário geral da ONU, Antonio Guterres, por diversas vezes clamou pelo fim desse tipo de financiamento. E a redução do uso de combustíveis fósseis – bem como a pesquisa e desenvolvimento de fontes mais limpas de energia – é prerrogativa do Acordo Climático de Paris, apoiado formalmente por 197 países (mas assinado “apenas” por 192).

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