A sonda Juno, da Nasa, enviou à Terra informações interessantes e importantes sobre o que acontece debaixo das nuvens de Júpiter.

De acordo com a agência espacial americana, esse provavelmente é o mapeamento mais completo em 3D que temos do maior planeta do Sistema Solar.

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A nova análise veio graças ao uso do instrumento chamado “radiômetro de microondas”. Com a ajuda desse dispositivo, a sonda foi capaz de enxergar a uma profundidade maior de Júpiter.

Com isso, foram revelados alguns detalhes até então desconhecidos. O primeiro é o fato de que a mancha vermelha notável na superfície é, na verdade, bem mais profunda do que pensávamos e chega perto de 500 km.

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Outra descoberta interessante é a presença de detalhes naturais que nós também temos aqui. Na Terra, existe o que chamamos de “células de Ferrel”: fluxos de ar em direção aos pólos e ao oriente quando perto da superfície, e em direção ao ocidente e ao Equador em maiores altitudes.

Em Júpiter, existe algo similar: as nuvens do planeta são movimentadas por fluxos a leste e oeste, com profundidades de 322 km. Quando os cientistas seguiram o caminho percorrido pela amônia condensada, porém, também perceberam fluxos de ventos a norte e sul, em direção aos pólos.

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A missão Juno passou por uma extensão recentemente e deve continuar coletando informações até setembro de 2025 – isto é, se a radiação não a inutilizar antes.