Autoridades de segurança do México afirmam ter prendido um suspeito envolvido no caso do spyware Pegasus, responsável por um escândalo global de espionagem.

Juan Carlos “G” é o primeiro acusado no país após ser flagrado em posse do famoso software espião, na cidade de Queretaro, por crime de monitoramento ilegal de comunicações, e está preso na penitenciária da Cidade do México.

“G” monitorava um jornalista, cuja identidade não foi revelada para fins de proteção, com o software criminoso desenvolvido pelo NSO Group, um grupo israelense que desenvolve ferramentas para vigilância governamental. O malware, conhecido em julho deste ano após uma investigação, vigiava 50 mil números de telefone de ativistas, jornalistas e outros alvos de renome no mundo todo, desde 2017.

No México, 15 mil números estavam selecionados para observação em potencial pelo spware Pegasus. Ao todo, 25 jornalistas foram comprovadamente alvos de ações ligadas ao malware. Um dos vigiados, Cecilio Pineda, foi assassinado em março de 2017.

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Spyware Pegasus estava na mão do governo do México

Dentre os 15 mil vigiados pelo spyware Pegasus, o candidato presidencial a oposição do governo do México, Andres Manuel Lopez Obrador, bem como o seu círculo interno de informantes, estavam em vigília. Na época, o próprio governo do país, a mando do governante Enrique Pena Nieto, mantinham o cerco digital.

Hoje, as agências de segurança mexicanas, bem como o ministério da Defesa, e o gabinete do promotor-geral permanecem utilizando o malware espião. Lopez Obrador, hoje presidente do país, alega que o uso do malware não está voltado a jornalistas ou oponentes políticos, e sim, criminosos reconhecidos.

Via SecurityWeek

Imagem: Solarseven/Shutterstock

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