Reino Unido testa microônibus autônomo por satélite, da Darwin Innovation Group

Governo do Reino Unido espera que testes com microônibus autônomo sirvam para expandir transporte elétrico no meio rural
Por Lucas Berredo, editado por Fábio Marton 01/12/2021 13h37
Microônibus autônomo da Navya
Darwin Innovation Center/Divulgação
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Embora díspares à primeira vista, tecnologia espacial e direção autônoma são tópicos em comum, já que ambas precisam de comunicação por satélite para funcionar. É por conta dessa conexão que o Darwin Innovation Group, uma empresa de pesquisa e desenvolvimento científico sediada em Londres, recebeu financiamento da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e da Agência Espacial do Reino Unido para testar um microônibus autônomo. Os ensaios começaram na segunda-feira (29) no Harwell Science and Innovation Campus, que fica no condado de Oxfordshire, sudeste da Inglaterra.

Um dos pontos principais deste microônibus autônomo é que, em vez de depender do Wi-Fi terrestre, como a maioria dos veículos do tipo, a navegação ocorre via satélite — habilitada por redes 5G. Projetado pela empresa francesa Navya, o veículo funciona a bateria e utiliza sensores LiDAR, câmeras e sensores de ultrassom para circulação, além de ter uma antena de satélite (GNSS) para posicionamento. Não há volante, mas os controles de segurança podem ser gerenciados por um operador a bordo.

A Darwin ficará responsável pela manutenção e monitoramento do serviço, rastreando a localização do veículo e reunindo informações sobre a operação. Os dados telemáticos serão transmitidos do ônibus em tempo real utilizando canais de comunicação a satélite da operadora espanhola Hispasat.

Microônibus autônomo da Navya
Microônibus elétrico utiliza sensores LiDAR, câmeras e sensores de ultrassom para circulação (Darwin Innovation Center/Divulgação)

Uso em áreas rurais

O governo do Reino Unido acredita que os testes com o microônibus autônomo poderão servir para futuras operações afins em áreas remotas ou rurais, onde há pouca ou nenhuma cobertura terrestre. Ao mesmo tempo, ajudar a expandir o transporte sem a necessidade de um motorista por todo o país.

“Desbloqueando o poder do espaço e da tecnologia de satélite, esses novos ônibus poderão ficar conectados o tempo todo”, explicou o ministro da ciência do Reino Unido George Freeman, do Partido Conservador. “Nossa estratégia espacial nacional promete colocar a tecnologia espacial no centro dos nossos esforços para tornar o Reino Unido uma superpotência de ciência e inovação.”

Vale lembrar que esta não é a primeira experiência com transporte de passageiros autônomo na Europa. No fim de 2017, a Navya, companhia que fez o microônibus da Darwin, projetou um veículo semelhante para a cidade de Friburgo, na Suíça, onde foi possível transportar milhares de passageiros com segurança.

Via Autoevolution

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Redator(a)

Lucas Berredo é redator(a) no Olhar Digital

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Fábio Marton é redator(a) no Olhar Digital