PF deflagra nova fase da Operação Kryptos e prende mais um no esquema do “Faraó do Bitcoin”

Lauro Lam03/02/2022 15h51
Marcelo-Camargo.Agencia-Brasil
Sede da Polícia Federal em Brasília
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Nesta quinta-feira (3), a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação Kryptos, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. Segundo a investigação, a quadrilha seria chefiada por Glaidson Acácio dos Santos, que ficou conhecido como “Faraó do Bitcoin”.

Cerca de 20 policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão no Mato Grosso do Sul e em São Paulo.

Criminosos criaram esquema de pirâmide financeira

A investigação da PF aponta que uma advogada era a responsável por duas empresas sediadas em Campo Grande (MS) e intermediava a movimentação financeira entre a Gas Consultoria e outras empresas sediadas no exterior. 

Após a primeira fase da operação, em agosto de 2021, os agentes perceberam que houve uma intensificação das movimentações financeiras de forma ilícita. 

De acordo com a PF,  esse braço da organização criminosa criou uma corretora de criptoativos com o possível intuito de driblar bloqueios judiciais.

Nova fase da Operação Kryptos cumpre mandado de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão no Mato Grosso do Sul e em São Paulo. Imagem: Joa Souza/Shutterstock

Glaidson é suspeito de operar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. A Gas Consultoria, principal empresa envolvida na fraude, tem sede em Cabo Frio, que fica a 120 quilômetros da capital fluminense.

Além da prisão de Glaidson, a primeira fase da operação resultou também na apreensão de carros de luxo, mais de R$ 13 milhões em dinheiro, além de 591 bitcoins, quantia avaliada em R$ 115 milhões na cotação atual.

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Esposa de acusado está foragida

Glaidson é acusado de cometer crimes contra o sistema financeiro nacional ao lado de outras 16 pessoas. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também investiga seu envolvimento como mandante de um homicídio.

Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de habeas corpus em favor de Glaidson. Sua esposa, Mirelis Zarpa, segue foragida da Justiça.

Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Se condenados, podem pegar uma pena de até 22 anos de prisão.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro em resposta a um esforço conjunto entre a Polícia Federal e Ministério Público Federal.

Via: InfoMoney

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Redator(a)

Lauro Lam é redator(a) no Olhar Digital