Justiça americana apreende bilhões em Bitcoin e prende casal envolvido em hack da Bitfinex

O Departamento de Justiça dos EUA confirmou que prendeu um casal acusado de envolvimento no ataque hacker de 2016 a corretora cripto Bitfinex
Por Gabriel Sérvio, editado por Karoline Albuquerque 08/02/2022 18h59, atualizada em 09/02/2022 11h33
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Imagem: Jirsak - shutterstock
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O Departamento de Justiça dos EUA confirmou nesta terça-feira (8) que prendeu um casal acusado de envolvimento no ataque hacker de 2016 a corretora cripto Bitfinex. Ilya Lichtenstein e sua esposa Heather Morgan foram acusados ​​de conspiração, lavagem de dinheiro e fraude contra os Estados Unidos. Somados, os crimes podem acarretar até 25 anos de prisão no país. 

Até agora, as autoridades revelaram que mais de US$ 3,6 bilhões em Bitcoins ligados ao crime já foram apreendidos, o que representa a maior apreensão financeira de todos os tempos do departamento. 

Segundo a vice-procuradora-geral Lisa Monaco, o desfecho do caso mostra que o mercado de ativos digitais “não é um refúgio seguro para os criminosos”.

Justiça americana apreende bilhões em Bitcoin e prende casal envolvido em hack da BitFinex
Casal envolvido no golpe de 2016 pode pegar até 15 anos de prisão. Imagem: Anucha Cheechang/Shutterstock

Apesar de tentar manter o anonimato, Lisa comentou que os réus tentaram “lavar” 119.754 Bitcoins roubados por meio de um “labirinto de transações”, o que não foi o suficiente para cobrir os rastros da dupla.

Um porta-voz da Bitfinex emitiu um comunicado sobre a apreensão. “Estamos satisfeitos que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos recuperou uma parte significativa do Bitcoin roubado durante o hack de 2016. Temos cooperado extensivamente desde o início da investigação deste incidente”.

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No golpe de 2016, mais de 2 mil transações não autorizadas enviaram criptomoedas para uma carteira digital sob o controle do casal, dizem as autoridades. Parte dos fundos acabaram caindo em contas tradicionais, o que também chamou a atenção das autoridades. 

O restante do roubo, 94 mil Bitcoins, ainda estavam armazenados na carteira digital. Após conseguir autorização judicial, os agentes federais também tiveram acesso à quantia. 

Sobre como os fundos foram movimentados, as autoridades dizem que foram empregadas “várias técnicas sofisticadas” de lavagem de dinheiro, como uso de identidades fictícias para abrir contas online e programas que automatizam transações e depositam fundos roubados em contas e corretoras de criptoativos.

Movimentações financeiras começaram na última terça-feira

O total de 26 transações — somando mais de US$ 3,6 bilhões em Bitcoins roubados — já haviam sido detectadas na última terça-feira (1º) pela plataforma de análise de blockchain WhaleAlert. Segundo os dados, algumas operações chegaram a transferir 10 mil unidades de Bitcoin.

Via: Decrypt

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital